Economia

Crescimento do crédito na China é firme mas há riscos

BC está vigilante para os riscos das dívidas no setor corporativo


	O presidente do BC chinês, Zhou Xiaochuan: "não devemos baixar nossa guarda contra o riscos de alta alavancagem no setor corporativo"
 (Getty Images)

O presidente do BC chinês, Zhou Xiaochuan: "não devemos baixar nossa guarda contra o riscos de alta alavancagem no setor corporativo" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 08h58.

Boao - O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, disse nesta sexta-feira que embora o crescimento do crédito permaneça estável, o BC está vigilante para os riscos das dívidas no setor corporativo.

"Não devemos baixar nossa guarda contra o riscos de alta alavancagem no setor corporativo", disse ele no fórum de investimento de Boao, no sul da China.

Zhou enumerou os fatores que influenciam o banco central quando a entidade formula a política monetária, dizendo que a inflação permanece como o foco por enquanto.

"A inflação, o crescimento do PIB, novos empregos e o equilíbrio internacional de pagamentos são as metas que consideramos ao formular a política monetária", disse ele em um painel no fórum, falando em inglês.

"Todos os fatores serão ajustados de maneira dinâmica com base nas mudanças de condições, e é difícil dizer como compilar os pesos", disse ele, acrescentando que normalmente a meta de inflação tem o peso maior.

Os comentários vieram depois que o premiê chinês, Li Keqiang, disse no fórum de Boao que sustentar o crescimento saudável no mercado de trabalho da China é a prioridade do governo, e que não importa se o crescimento vier um pouco abaixo da meta oficial de 7,5 por cento.

Zhou pareceu apoiar este pensamento, destacando: "Há a possibilidade de um maior ajuste à política monetária se o crescimento se desviar completamente da meta".

O presidente do banco central da China observou que a entidade precisa ser parte do governo para que o país cumpra seus planos de reforma, e que há razões sólidas para que não seja completamente independente, diferentemente de bancos centrais de outras grandes economias.

"Se o banco central não for parte do governo, ele não é eficiente em coordenar políticas para avançar com reformas", disse Zhou.

"Nossa escolha tem seus próprios motivos racionais por trás. Mas essa escolha também tem seus custos. Por exemplo, se podemos lidar de forma eficiente com bolhas de ativos e inflação é questionável".

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