Economia

Dilma diz que fará "tudo" para atingir meta fiscal

A presidente disse que fará tudo que for necessário para atingir a meta fiscal este ano e que o governo está preparando grandes cortes

A presidente Dilma Rousseff, em entrevista: “eu farei tudo para atingir 1,2%” (Lula Marques/Bloomberg)

A presidente Dilma Rousseff, em entrevista: “eu farei tudo para atingir 1,2%” (Lula Marques/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 21h09.

A presidente Dilma Rousseff disse que fará tudo que for necessário para atingir a meta fiscal este ano e que o governo está preparando grandes cortes de despesas, principalmente de atividades administrativas.

A equipe econômica se comprometeu com um superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto este ano para o governo central, meta considerada ambiciosa por analistas dado que no ano passado houve déficit de 0,3 por cento. O déficit primário do governo em fevereiro divulgado hoje foi o dobro do esperado pelos analistas.

“Eu farei tudo para atingir 1,2%”, Dilma disse em entrevista à Bloomberg no Palácio do Planalto em Brasília. “Vamos ter de racionalizar gastos e defasar outros. Vamos criar vários mecanismos. Diria que essa é a parte em que o governo entra e o nosso pedaço vai ser grande.”

Dilma defendeu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, integralmente sobre o que foi dito em evento na semana passada. “Levy é muito importante para o Brasil hoje”, disse. Sobre as declarações do ministro, vistas como críticas a ela, a presidente afirmou que o ministro foi mal-interpretado.

“Levy disse que não há, necessariamente, uma única forma de se chegar a uma medida. Às vezes, eu até prefiro a mais rápida. É o meu jeito de ser. Às vezes, tem de se construir, politicamente, outro caminho”

Dilma disse que o reequilíbrio das contas do governo é fundamental para retomar a confiança. A presidente disse que o processo de recuperação será em etapas, e que no próximo ano haverá sinalização de crescimento.

Sintonizada com Levy, Dilma disse que o Brasil está aberto aos negócios e “vai se abrir mais porque o reequilíbrio fiscal funciona como uma espécie de âncora de expectativas, muito importante para o retorno da confiança”.

Em meados do ano que vem, “o Brasil estará em outro patamar,” disse Dilma.

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