Economia

Déficit do governo central em junho soma R$ 1,946 bilhão

As contas encerraram junho com o pior resultado da história para o mês


	Moedas: pior resultado, até agora, havia sido em 1998
 (REUTERS/Bruno Domingos)

Moedas: pior resultado, até agora, havia sido em 1998 (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 15h45.

Brasília - As contas do governo central encerraram junho com o pior resultado da história para o mês, ao registrar um déficit de R$ 1,946 bilhão, informou nesta quarta-feira, 30, o Tesouro Nacional.

O resultado engloba o desempenho das contas do Tesouro, INSS e Banco Central. A série histórica do governo começa em 1997.

Em meses de junho, apenas em 2009 e 1998 o governo central havia registrado saldos negativos. O pior resultado, até agora, havia sido em 1998, com um déficit de R$ 1,842 bilhão.

O Tesouro registrou em junho um superávit de R$ 2,378 bilhões e a Previdência, um déficit de R$ 4,508 bilhões. Já as contas do BC tiveram um superávit primário de R$ 183,7 milhões.

O resultado ficou dentro do intervalo das expectativas do mercado.

O levantamento do AE Projeções apontava para um déficit de R$ 5,100 bilhões a superávit de R$ 3,500 bilhões.

O resultado em junho foi um pouco melhor que a mediana negativa de R$ 2,000 bilhões.

No acumulado do primeiro semestre de 2014, o superávit soma R$ 17,237 bilhões, o equivalente a 0,69% do PIB.

O valor também é o pior para primeiros semestres desde o ano 2000, quando o superávit de janeiro a junho foi de R$ 15,431 bilhões.

A queda é de 50,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o superávit acumulava R$ 34,555 bilhões.

Segundo os dados, o Tesouro apresenta um superávit de R$ 40,217 bilhões no acumulado do ano.

Já as contas da Previdência registram um déficit de R$ 23,164 bilhões e o BC acumula um saldo positivo de R$ 185,6 milhões.

De janeiro a junho, enquanto as despesas registraram alta de 10,6%, as receitas avançaram 7,2%.

Em 12 meses até junho, o superávit do governo central está em R$ 59,7 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB. A meta do governo central para 2014 é de R$ 80,774 bilhões.

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