O presidente chinês, Xi Jinping: Pequim também prometeu promover o yuan numa tentativa de convencer o Fundo Monetário Internacional a incluir a moeda chinesa em sua cesta de moedas de reserva (Johannes Eisele/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 07h38.
Pequim - O presidente da China, Xi Jinping, disse que o crescimento anual do país não será inferior a 6,5% nos próximos cinco anos, de forma que o governo possa cumprir suas metas econômicas até 2020, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
O comentário veio após o Partido Comunista da China ter dado seu aval a um plano econômico a ser implementado entre 2016 e 2020.
Até 2020, Pequim tem como objetivo dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) e a renda per capita de 2010.
Em conferência anual realizada na semana passada, os líderes da China prometeram, no plano anual de cinco anos, manter "crescimento moderadamente alto" e permitir que os casais tenham até dois filhos, acabando com a política de filho único que vigorava há décadas.
O Partido Comunista não citou um alvo específico de crescimento no plano, que será submetido a votação em março, mas muitos economistas preveem que Pequim vai cortar a meta dos atuais 7% para 6,5%.
Segundo a Xinhua, que hoje publicou detalhes do plano, a China pretende acelerar a abertura de vários setores de domínio estatal, incluindo os de petróleo, eletricidade, gás natural e telecomunicações, nos próximos cinco anos.
Pequim também prometeu promover o yuan numa tentativa de convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a incluir a moeda chinesa em sua cesta de moedas de reserva, conhecida como SDR pela sigla em inglês.
Além disso, o governo chinês afirmou que vai tornar o yuan "livremente conversível e utilizável" nos próximos cinco anos e implementar a prometida conversibilidade da conta de capital de forma organizada.
A China também planeja reduzir o grau de alavancagem no sistema financeiro, onde o acúmulo de dívidas causado por medidas de estímulo adotadas pelo governo durante a crise financeira global gerou preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.
Os líderes chineses querem ainda reduzir a desigualdade de renda até 2020 e aprofundar reformas para permitir que mais residentes de áreas rurais passem a viver e trabalhar nas cidades chinesas.
No plano, constam também que o PIB per capita da China avançou de 29.748 yuans ($4.697) em 2010 para US$ 7.800 em 2015 e que Pequim pretende elevar gradualmente a idade de aposentadoria, uma vez que o envelhecimento da população eleva a pressão sobre o fundo previdenciário do país.