Economia

Banco Central sobe juros para 8,00%

Após alta na última reunião, Comitê de Política Monetária elevou novamente a Selic, dessa vez, em 0,50 ponto percentual


	Reunião do Copom: na última semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a afirmar que o BC iria agir para derrubar a inflação
 (Elza Fiúza/ABr)

Reunião do Copom: na última semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a afirmar que o BC iria agir para derrubar a inflação (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 20h51.

São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 8,00% ao ano. A alta era esperada por parte do mercado e mostra uma aceleração no ritmo de subida em relação à reunião anterior, que elevou a taxa em 0,25 ponto percentual. A decisão foi unânime e sem viés.

Em comunicado, o Copom afirmou que " essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". A ata da reunião será divulgada na próxima semana. O Comitê se reunirá novamente nos dias 09 e 10 de julho.

Inflação

Na última semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o BC faria o que fosse necessário, "com a devida tempestividade" para colocar a inflação em declínio no segundo semestre. O IPCA, inflação oficial do governo, apresentou variação de 0,55% em abril, 0,8 ponto percentual acima da taxa de 0,47% registrada em março. O número veio acima da expectativa do mercado, mas, no acumulado dos últimos 12 meses, voltou a ficar abaixo do teto da meta do governo. Em 12 meses, o IPCA ficou em 6,49%, ante 6,59 % de março - o teto da meta é de 6,5%.

Na reunião anterior, realizada em abril, o Copom havia decidido elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50%, interrompendo a manutenção da taxa em 7,25% que ocorreu após um ciclo de cortes. O ciclo de dez reduções seguidas havia sido iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.

PIB

Na manhã de hoje, foi divulgado o PIB do primeiro trimestre de 2013. O crescimento de 0,6% no período, na comparação com o  quarto trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal, veio abaixo da expectativa do mercado, mas ainda assim, foi um dos maiores do governo Dilma. O maior crescimento trimestral durante o governo Dilma foi registrado no primerio trimestre de 2011, 0,8%. O segundo maior crescimento foi obtido no último trimestre de 2012, 0,6%, o mesmo registrado no primerio trimestre de 2013.

(Juliana Pimenta)

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