Economia

Nível de endividamento é o maior desde 2005

Aumento na taxa básica de juros não foi o suficiente para que o brasileiro desistisse de se endividar


	Sede do Banco Central: endividamente do brasileiro cresce mesmo com aumento da Selic
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Sede do Banco Central: endividamente do brasileiro cresce mesmo com aumento da Selic (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2014 às 08h53.

Brasília - Mesmo com a elevação da taxa básica de juros da economia (Selic) no último ano, o brasileiro continuou a gastar e chegou ao maior nível de endividamento desde 2005, segundo dados do Banco Central. O índice passou de 45,73% em março, último dado divulgado até ontem, para 46% em julho.

Esses números não eram divulgados desde março por causa da greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A paralisação interrompeu a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), indicador usado pelo Banco Central para chegar ao número de endividamento.

O peso do endividamento no orçamento das famílias brasileiras, um cálculo que considera o total das dívidas dividido pela renda no período de um ano, ficou relativamente estável, ao passar de 46,02% em junho para os 46% de julho.

Nesse período de ausência de dados, foi verificado o aumento do nível de endividamento. O índice estava em 45,73% em março, subiu para 45,85% em abril e chegou a 45,95% em maio, continuando a crescer até chegar aos 46% de julho.

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, de acordo com as informações do Banco Central, o endividamento chega a 28,84% da renda anual em julho, uma queda em relação aos meses anteriores. Em março, a taxa era de 29,45%, em abril, passou a 29,39% e chegou a 29,23% em maio. Em junho, esse índice estava em 29,09%.

Parcela da renda

O comprometimento da renda dos brasileiros, que considera valores mensais para a renda e para as prestações pagas aos bancos, ficou em 21,84% em julho, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Em junho, estava em 21,85%.

A divulgação desses dados também estava suspensa desde março por causa da greve do IBGE. Em março, a taxa estava em 21,30%. Subiu para 21,69% em abril e avançou para 21,77% em maio. O recorde para esse indicador foi visto em janeiro de 2012, quando ficou em 22,96%.

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