Nielsen prevê retomada de vendas em volume no varejo
No ano passado, foi a primeira vez, em 10 anos, que o consumo dos itens da cesta Nielsen, composta por cerca de 130 itens, apresentou recuo, de 0,4% ante 2012
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 16h18.
São Paulo - As vendas em volume no varejo brasileiro, excluindo o atacarejo, podem retomar o crescimento em 2014, conforme prevê a empresa de pesquisas Nielsen.
No ano passado, foi a primeira vez, em 10 anos, que o consumo dos itens da cesta Nielsen, composta por cerca de 130 itens, apresentou recuo, de 0,4% ante 2012.
"Em 2014, por conta já de um verão mais quente, preços estáveis e da realização da Copa do Mundo e eleições, e com uma base de comparação menor, acreditamos que as vendas da cesta podem voltar a ter crescimento, mas nada expressivo, por volta de 1%", disse o executivo de atendimento da companhia, José Fraga, em encontro com a imprensa.
No ano passado, ele explica que o consumo foi influenciado pela taxa alta de inflação e pelo aumento do endividamento das famílias. As categorias que tiveram o pior desempenho em 2013 foram "outros" (-8,3%), devido à redução das vendas de cigarro, bebidas alcoólicas (-1,9%) e não-alcoólicas (-1,9%). "A retração foi focada em bebidas. A cerveja possui um peso no faturamento da cesta de 17% e o refrigerante, de 12%", explicou.
Esse pequeno crescimento deve-se aos sinais fracos de fundamentos que sustentam o consumo nacional, como emprego, renda e crédito.
"O consumidor brasileiro está menos tolerante, principalmente ao alto custo dos produtos. E, com isso, começa a fazer escolhas para manter o bem estar adquirido nos últimos anos em um ambiente desfavorável", declarou o executivo de atendimento da Nielsen, Henrique Suarti Reis.
Segundo o executivo, dentre as medidas estão primeiramente a redução do consumo fora do lar e serviços supérfluos; a diversificação de canais por conta do custo-benefício; a diminuição de idas ao ponto de venda e a procura por embalagens econômicas.
Além disso, conforme a Nielsen, ao contrário do observado nos anos anteriores, com a ascensão da classe média, os consumidores, depois de esgotar as alternativas anteriores, trocam itens por marcas mais baratas (trade down, em inglês). Sucos prontos e cafés são as principais categorias que sofrem com esse movimento, que reduz o volume de compra.
No caso das idas ao ponto de venda, em 2013, a Nielsen observou que houve uma retração de 4,2% na frequência de compra dos consumidores ante 2012. Já das 20 categorias mais importantes da cesta Nielsen, 60% delas aumentaram a importância das embalagens econômicas e 40% das embalagens menores. Os itens que mais demonstram esse movimento são fralda, papel higiênico, sabão em pó, leite em pó e cerveja.
São Paulo - As vendas em volume no varejo brasileiro, excluindo o atacarejo, podem retomar o crescimento em 2014, conforme prevê a empresa de pesquisas Nielsen.
No ano passado, foi a primeira vez, em 10 anos, que o consumo dos itens da cesta Nielsen, composta por cerca de 130 itens, apresentou recuo, de 0,4% ante 2012.
"Em 2014, por conta já de um verão mais quente, preços estáveis e da realização da Copa do Mundo e eleições, e com uma base de comparação menor, acreditamos que as vendas da cesta podem voltar a ter crescimento, mas nada expressivo, por volta de 1%", disse o executivo de atendimento da companhia, José Fraga, em encontro com a imprensa.
No ano passado, ele explica que o consumo foi influenciado pela taxa alta de inflação e pelo aumento do endividamento das famílias. As categorias que tiveram o pior desempenho em 2013 foram "outros" (-8,3%), devido à redução das vendas de cigarro, bebidas alcoólicas (-1,9%) e não-alcoólicas (-1,9%). "A retração foi focada em bebidas. A cerveja possui um peso no faturamento da cesta de 17% e o refrigerante, de 12%", explicou.
Esse pequeno crescimento deve-se aos sinais fracos de fundamentos que sustentam o consumo nacional, como emprego, renda e crédito.
"O consumidor brasileiro está menos tolerante, principalmente ao alto custo dos produtos. E, com isso, começa a fazer escolhas para manter o bem estar adquirido nos últimos anos em um ambiente desfavorável", declarou o executivo de atendimento da Nielsen, Henrique Suarti Reis.
Segundo o executivo, dentre as medidas estão primeiramente a redução do consumo fora do lar e serviços supérfluos; a diversificação de canais por conta do custo-benefício; a diminuição de idas ao ponto de venda e a procura por embalagens econômicas.
Além disso, conforme a Nielsen, ao contrário do observado nos anos anteriores, com a ascensão da classe média, os consumidores, depois de esgotar as alternativas anteriores, trocam itens por marcas mais baratas (trade down, em inglês). Sucos prontos e cafés são as principais categorias que sofrem com esse movimento, que reduz o volume de compra.
No caso das idas ao ponto de venda, em 2013, a Nielsen observou que houve uma retração de 4,2% na frequência de compra dos consumidores ante 2012. Já das 20 categorias mais importantes da cesta Nielsen, 60% delas aumentaram a importância das embalagens econômicas e 40% das embalagens menores. Os itens que mais demonstram esse movimento são fralda, papel higiênico, sabão em pó, leite em pó e cerveja.