Economia

Governo trabalha para levar inflação para 5,5 a 5%

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu que o controle de preços com crescimento econômico não são contraditórios


	O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa: "meta de superávit primário está em 3,1 por cento (do PIB), com possibilidade de abatimento de 65 bilhões", afirmou
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa: "meta de superávit primário está em 3,1 por cento (do PIB), com possibilidade de abatimento de 65 bilhões", afirmou (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h07.

São Paulo - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira que o governo trabalha para levar a inflação entre 5 e 5,5 por cento neste ano, e defendeu que o controle de preços com crescimento econômico não são contraditórios.

"Mais para o meio do ano vai estar mais claro se inflação vai estar entre 5,5 e 6 por cento ou 5,5 e 5 (por cento). Nós trabalhamos para que ela fique entre 5,5 e 5 (por cento)", disse a jornalistas, após participar de cerimônia do início das negociações das ações da BB Seguridade, nesta segunda-feira.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O indicador, em 12 meses, estourou o teto chegando a 6,59 por cento em março.

Segundo o secretário-executivo, ainda no segundo trimestre deste ano, com a entrada da safra agrícola recorde e sem a ocorrência de fatores climáticos, o cenário para a inflação irá ficar mais favorável.

Nesta segunda, o relatório Focus mostrou que os analistas consultados elevaram ligeiramente a projeção para o IPCA em 2013 a 5,71 por cento, ante 5,70 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção de inflação foi mantida em 5,71 por cento.

Superávit Primário

Questionado sobre um possível abatimento no superávit primário, Barbosa afirmou que o valor do desconto será divulgado com a publicação do decreto de programação orçamentária.

"A meta de superávit primário está em 3,1 por cento (do PIB), com possibilidade de abatimento de 65 bilhões", afirmou, lembrando o valor legal que consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013.

"Quanto vai ser o abatimento (será divulgado) no decreto de programação orçamentária, que deve ocorrer nas próximas semanas", emendou o secretário-executivo.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEconomistasInflaçãoNelson BarbosaPreços

Mais de Economia

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR

Dino intima governo a explicar se emendas Pix para eventos cumprem regras de transparência

Governo deverá bloquear R$ 18,6 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir regras fiscais, diz Senado