Economia

Não cabe justiçamento, diz ministro sobre supersalários

Uma liminar foi deferida por ele em favor dos servidores, o que impediu o corte dos pagamentos


	Marco Aurélio Mello: ministro ressaltou que ninguém defende mais a aplicação do teto constitucional que ele, mas que não cabe justiçamento
 (José Cruz/ABr)

Marco Aurélio Mello: ministro ressaltou que ninguém defende mais a aplicação do teto constitucional que ele, mas que não cabe justiçamento (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 16h34.

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou nesta quarta-feira, 26, que os salários acima do teto constitucional, de R$ 28.059,28, pagos pela Câmara e pelo Senado não podem ser cortados de forma imediata para dar satisfação à sociedade.

Uma liminar foi deferida por ele em favor dos servidores, o que impediu o corte dos pagamentos.

Mello ressaltou que ninguém defende mais a aplicação do teto constitucional que ele, mas que não cabe justiçamento.

"Que se observe o devido processo legal administrativo, dando oportunidade àqueles que vêm ganhando acima do teto de se pronunciarem", disse.

Na última semana, o Senado anunciou que ia recorrer da decisão do ministro.

O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que iria esperar uma resposta do STF para fazer o pagamento em juízo.

"Eu fico pasmo quando uma liminar do Supremo não é cumprida de imediato", afirmou Marco Aurélio Mello, que reforçou o descontentamento: "A última trincheira do cidadão é o Supremo. Quando o Supremo falhar, nós estaremos muito mal".

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