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Copom deve manter queda dos juros, apesar da alta recente da inflação

Ata não fala claramente sobre corte dos juros, mas o tom otimista do texto dá a entender que a Selic continuará caindo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Prudência e atenção com relação à alta dos preços. Essa é a tônica da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (26/1) e referente à reunião da semana passada, na qual a taxa básica de juros foi reduzida para 17,25% ao ano. O texto dá a entender que o corte de juros continua no mesmo ritmo (0,75 ponto percentual a cada reunião), e que a alta da inflação verificada no início do ano é pontual.

Em nenhum momento do texto, os membros do Copom falam claramente sobre a queda da taxa Selic, mas isso não preocupa. "O Comitê tem esse perfil, sempre conservador. Prefere não prometer o corte dos juros para não se comprometer depois", diz Guilherme Maia, economista da Tendências Consultoria.

De uma forma geral, o Copom se mostra otimista. A equipe técnica acredita, por exemplo, que apesar da alta do petróleo, o cenário externo permanecerá favorável, "particularmente no que diz respeito às perspectivas de financiamento para a economia brasileira".

Esses fatores colaboram para que a inflação volte ao patamar da meta ao longo do ano. No entanto, o Copom promete acompanhar o índice "com atenção". A meta do governo para este ano é de 4,5%, mas nas últimas semanas as projeções de mercado apontavam para um índice um pouco maior, de 4,6%. Segundo o Banco Central, essa elevação acima da meta é sazonal e deve se diluir até o fim de fevereiro.

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