Indústria de transformação começa 2006 desanimada
De acordo com 55% das empresas entrevistadas pela FGV, situação deve melhorar ao longo do semestre. Geração de empregos, porém, deve ser prejudicada
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.
Os empresários da indústria de transformação começam o ano de 2006 desanimados em relação à demanda por produtos do setor. De acordo com a Sondagem Conjuntural, feita mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 20% das empresas disseram que as encomendas estão fracas. Já os mais otimistas somam apenas 9%. A avaliação atual é bem pior daquela registrada em janeiro de 2005.
Apesar de um início de ano morno, a indústria acredita que os próximos meses serão melhores. A demanda deve aumentar na opinião de 26% das empresas entrevistadas. Para 38% delas, a produção terá uma expansão até o final do trimestre.
O cenário para novos negócios também é bom. O estudo mostra que 55% das empresas vêem um ambiente positivo para o fechamento de novos contratos nesse semestre.
Tal otimismo, porém, não será suficiente para manter o nível de emprego em patamares elevados. No trimestre, 32% dos empresários pretendem reduzir sua mão-de-obra, enquanto apenas 11% afirmaram que irão contratar. Essa diferença é a pior já registrada desde 1998, mesmo considerando-se os efeitos da sazonalidade.
A pesquisa foi realizada com 489 empresas entre os dias 29 de dezembro e 10 de janeiro.