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Preços internos de combustíveis já superam a média internacional

Movimento dos preços internos e perspectiva de estabilidade do barril do petróleo nos próximos meses descartam novos reajustes dos combustíveis pela Petrobras, afirma Banco Espírito Santo

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h57.

A queda do barril do petróleo, em novembro, e a continuidade da valorização do real fizeram com que os preços da gasolina e do óleo diesel refinados pela Petrobras iniciassem dezembro acima da média internacional. De acordo com relatório do Banco Espírito Santo (BES), a gasolina apresenta uma diferença de 15% e o diesel, de 5%. O cálculo considerou uma média móvel de 15 dias para os preços internacionais.

Segundo o BES, os dados descartam um reajuste dos combustíveis pela Petrobras no curto prazo. A tabela da estatal permaneceu defasada por dez meses de fevereiro a novembro e será necessário mais tempo para que a companhia avalie a tendência dos preços internacionais.

O cenário externo, porém, dá sinais de estabilidade. O barril de petróleo tipo WTI encerrou novembro cotado a 57,35 dólares, com queda de 5%. Já o tipo Brent fechou o mês a 55,05 dólares, um recuo de 5,2%. A redução foi causada por diversos fatores, como a retomada da produção das refinarias americanas paralisadas pela passagem de furacões pelo Golfo do México; a perspectiva de menor fluxo internacional de turistas, devido à maior insegurança causada pelo terrorismo; e a redução das previsões de crescimento de consumo de petróleo em 2005 e 2006, realizada pela Agência Internacional de Energia.

O inverno no Hemisfério Norte, tradicional fator de elevação do preço do petróleo devido ao aumento do consumo de óleo para calefação, também não deve pressionar os preços nos próximos meses. Até o momento, os Estados Unidos vêm apresentando temperaturas amenas, o que apontam para um inverno menos rigoroso.

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