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Mercado reduz PIB de 2005, mas mantém otimismo para 2006

Economistas acreditam que Banco Central começará 2006 com melhores condições de cumprir a meta de inflação

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h24.

As previsões de crescimento para este ano não resistiram à retração de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e à ata conservadora do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgadas na semana passada. Decepcionadas, as instituições financeiras rebaixaram, pela quinta semana consecutiva, a previsão de expansão do PIB. Desta vez, o número recuou de 3% para 2,66%. Mas, apesar da frustração com este ano, os economistas mantêm a confiança de que o Banco Central atingirá a meta de inflação de 2006 sem comprometer o crescimento.

"O Banco Central começará 2006 melhor do que entrou em 2005", diz Sandra Utsumi, economista-chefe do Banco Espírito Santo Securities. O otimismo é atestado pelo relatório de mercado divulgado pelo BC nesta segunda-feira (5/12). A previsão para o IPCA de 2005 subiu pela quinta vez seguida, agora de 5,59% para 5,63%. Em contrapartida, a previsão para 2006 caiu de 4,55% para 4,51% - praticamente o centro da meta. "O BC já entra no próximo ano com a perspectiva de atingir a meta sem afetar o PIB", afirma Sandra.

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Em dezembro do ano passado, a situação era diferente. Diante da pressão inflacionária, o mercado não acreditava que o BC pudesse atingir a meta de 2005, que já havia sido elevada de 4,5% para 5,1% em setembro, na divulgação da ata da 100ª reunião do Copom. Por isso, o primeiro relatório de mercado de dezembro trazia uma expectativa de 5,80% para o IPCA de 2005.

A situação desenhada pelo mercado, naquele mês, coincide com as projeções para o ano que vem em dois pontos: no relatório divulgado hoje, os economistas esperam uma expansão de 3,50% do PIB e uma taxa básica de juros (Selic) de 15,50% ao ano, no final de 2006. Trata-se das mesmas previsões formuladas para 2005, naquele relatório. Assim, outro ponto positivo para o BC, nestas novas projeções, é que o mercado espera uma combinação de inflação menor, com juros mais baixos e um crescimento maior que o estimado para 2005.

Em setembro do ano passado, o BC foi forçado a elevar a meta de 2005 devido à inércia inflacionária que contaminaria preços e contratos. Em vez de absorver totalmente esses reajuste em 2004, a autoridade monetária optou por deixar que 0,6 ponto percentual passasse para 2005, o que elevou a meta de inflação de 4,5% para 5,1%. Neste ano, porém, os economistas não enxergam uma inércia forte o bastante a ponto de contaminar o próximo ano. "A inércia já foi diluída. Neste ano, os choques de preços são transitórios", diz Sandra, do BES Securities.

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