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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h14.
Uma gestão macroeconômica prudente precisa continuar ancorando as expectativas dos agentes econômicos. É o conselho da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao Brasil, em seu relatório semestral sobre perspectivas econômicas mundiais. Trocando em miúdos, a OCDE quer dizer que "seria desejável" uma queda maior na relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) até 2007. Para tanto é preciso ajustar para cima o superávit primário.
O superávit é a economia feita pelo setor público para pagar juros -- economia que não tem sido suficiente. É também o objeto de acirrado embate interno no governo Lula entre quem prefere aumentá-lo (o ministro da Fazenda, Antonio Palocci), seguindo a linha proposta pela OCDE, ou mantê-lo como está (a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, representando outros ministros).
A OCDE projeta um crescimento da economia brasileira de 3,2% neste ano, 3,7% em 2006 e 3,9% em 2007 (#tabela). A nova estimativa para 2005 foi revisada para baixo -- em junho, a organização previa uma expansão do PIB de 3,6%.
Quanto ao crescimento combinado dos membros da OCDE, a entidade reviu para cima sua projeção de crescimento em 2005, de 2,6% para 2,7%. Nos dois anos seguintes, espera-se expansão de 2,9% a cada ano. A OCDE é composta por 30 países-membros. Brasil, China e Rússia, por exemplo, não fazem parte da organização, mas são periodicamente avaliados por sua importância econômica.
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2004 |
2005 |
2006 |
2007 | |
crescimento real do PIB |
4,9 |
3,2 |
3,7 |
3,9 |
inflação |
7,6 |
5,5 |
4,7 |
4,5 |
superávit primário (% do PIB) |
4,7 |
4,3 |
4,3 |
4,3 |
Fonte: OCDE (dados de 2004 são oficiais) |