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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h23.
Os prejuízos decorrentes da forte valorização do real já podem ser medidos. Levantamento realizado peo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) comparou resultados do terceiro trimestre de 2005 com mesmo período de 2004 e concluiu que, além de já refletir a retração econômica e dos negócios que vários indicadores vêm apontando para este trimestre, os recuos são explicados, em maior medida, pela apreciação do real ante o dólar.
Na média das empresas pesquisadas, a taxa de retorno anualizada sobre o patrimônio líquido (PL) foi de 24,9% no terceiro trimestre de 2005, queda de 28% em relação ao resultado (34,5%) registrado no terceiro trimestre do ano passado. O lucro líquido combinado das companhias pesquisadas caiu de 15,2 bilhões de reais para 13,8 bilhões, recuo de 9,6%.
O Iedi compara o desempenho das grandes empresas industriais com o de cinco instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banespa. A taxa de retorno anualizada sobre o patrimônio líquido foi de 31,5%, ante 23,1%.
Dólar barato
A cotação média do dólar no terceiro trimestre de 2004 foi de 2,94 reais. No mesmo período deste ano, a cotação média ficou em 2,34 -- uma queda de 25%. O levantamento do Iedi reuniu 104 companhias abertas do setor industrial, cujas demonstrações financeiras são auditadas conforme as regras da Comissão de Valores Mobiliários.