Economia

Moody's rebaixa perspectiva dos bancos do Catar

O rebaixamento das perspectivas se deve, principalmente, ao risco de a crise diplomática entre o Catar e os países árabes

Moody's: a crise também pode contribuir para encarecer os custos de financiamento (Brendan McDermid/Reuters)

Moody's: a crise também pode contribuir para encarecer os custos de financiamento (Brendan McDermid/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de julho de 2017 às 16h02.

Doha - A agência de qualificação de risco Moody's rebaixou nesta quarta-feira a perspectiva de nove bancos do Catar, mas manteve suas notas, um dia após revisar para "negativa" a perspectiva da dívida soberana do emirado.

O rebaixamento das perspectivas se deve, principalmente, ao risco de a crise diplomática entre o Catar e o quarteto árabe formado por Arábia Saudita, Egito, Bahrein e Emirados Árabes Unidos se prolongar por vários meses e isto acabe "debilitando" a capacidade do governo catari de apoiar os bancos pela saída de recursos do país, segundo um comunicado.

A crise também pode contribuir para encarecer os custos de financiamento e, em consequência, a liquidez dos bancos pode ser reduzida, advertiu a agência no comunicado.

Em relação à nota da dívida soberana do país, a Moody's a manteve no nível Aa3, o terceiro mais alto, considerado um risco muito baixo de falta de pagamento.

Não obstante, a agência considerou que a probabilidade de estender até 2018 o período de "incerteza" aumentou devido às escassas possibilidades de um solução rápida para a crise.

Desde o dia 5 de junho, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito romperam suas relações diplomáticas com o Catar e seus vizinhos do Golfo Pérsico impuseram um bloqueio terrestre, naval e aéreo sobre o emirado, alegando que Doha financia o terrorismo.

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