Economia

Moody's: crescimento global cai com guerra na Ucrânia e bloqueios na China

A Moody's ressalta que, exceto na Rússia, não é esperado uma recessão em nenhum dos países do G20 em 2022 ou 2023

Ucrânia: Prédios destruídos na cidade de Borodianka, a noroeste de Kiev (Sergei SUPINSKY/AFP)

Ucrânia: Prédios destruídos na cidade de Borodianka, a noroeste de Kiev (Sergei SUPINSKY/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de maio de 2022 às 11h37.

A Moody's acredita que as economias avançadas devem expandir 2,6% em 2022, e as dos mercados emergentes 3,8%, abaixo das previsões anteriores da agência, de 3,2% e 4,2%, respectivamente. "Os riscos que podem reduzir ainda mais as previsões incluem uma escalada do conflito militar na Ucrânia e uma desaceleração mais rápida do que o esperado no crescimento da China", disse a agência de risco, em relatório.

No entanto, a Moody's ressalta que, exceto na Rússia, não é esperado uma recessão em nenhum dos países do G20 em 2022 ou 2023.

"Ainda assim, existem vários riscos que podem prejudicar ainda mais as perspectivas econômicas, incluindo pressão adicional de alta nos preços das commodities, interrupções mais duradouras na cadeia de suprimentos ou uma desaceleração maior do que o esperado na China. Aperto monetário agressivo também pode se tornar um catalisador para uma recessão", pondera Madhavi Bokil, vice-presidente sênior/CSR da Moody's.

Para o futuro, a agência acredita que os próximos meses serão críticos, pois, à medida que os bancos centrais passam a apertar a política monetária em resposta à inflação mais alta, há um aumento na volatilidade do mercado financeiro e na reavaliação de ativos.

VEJA TAMBÉM:

Bolsonaro participará de Cúpula das Américas e terá reunião com Biden

Ação que matou 25 no Rio: o que dizem Bolsonaro, Fachin, Castro e Freixo

Acompanhe tudo sobre:economia-internacionalGuerrasInflaçãoMoody's

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto