Economia

Moody's ameaça rebaixar a nota do Reino Unido

Agência estima que se prevê "um prolongado período de incerteza" da economia britânica


	Moody's: agência estima que se prevê "um prolongado período de incerteza" da economia britânica
 (©afp.com / Emmanuel Dunand)

Moody's: agência estima que se prevê "um prolongado período de incerteza" da economia britânica (©afp.com / Emmanuel Dunand)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 20h30.

A agência Moody's rebaixou nesta sexta-feira de estável para negativa a perspectiva da nota do Reino Unido após a vitória do Brexit, em um sinal de que sua nota poderá ser reduzida em um futuro próximo.

A Moody's estima que se prevê "um prolongado período de incerteza" que terá "implicações negativas sobre as perspectivas de crescimento a médio prazo" da economia britânica.

A nota da dívida foi mantida em Aa1.

"Durante os anos nos quais o Reino Unido negociará suas relações comerciais com a União Europeia, Moody's espera um aumento da incerteza, uma diminuição da confiança e menores investimentos que levarão a um menor crescimento", afirma a agência em um comunicado.

A Moody's também teme que as finanças públicas do país se debilitem mais do que o previsto. "O impacto negativo de um menor crescimento superará a economia feita pelo Reino Unido ao não contribuir mais com o orçamento da UE", assegura a Moody's.

A agência lembra que a UE é o principal parceiro comercial do Reino Unido, e que absorve 44% de suas exportações, enquanto que 48% dos investimentos estrangeiros diretos vêm da UE.

"É possível que o Reino Unido seja capaz de reorientar seu comércio para outras regiões e compense assim um comércio menor com a Europa, mas isso levará tempo", alerta a agência.

A Moody's acha que o país deverá chegar a um acordo com a UE para preservar "a maior parte, mas não todos, seus intercâmbios comerciais".

"Há claramente um risco de baixa", conclui Moody's, que acrescenta que "na ausência de um acordo comercial que preserve o núcleo do acesso atual do Reino Unido ao mercado único (...) o crescimento de seu PIB será materialmente mais baixo".

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