Economia

Monteiro: Não houve discussão sobre cessão onerosa em encontro com Eunício

Revisão do contrato, que transferiu à Petrobras sem licitação direito de explorar áreas do pré-sal, é apontada como uma das prioridades do governo

Ivan Monteiro: presidente da Petrobras fez uma visita de cortesia ao presidente do Senado (Adriano Machado/Reuters)

Ivan Monteiro: presidente da Petrobras fez uma visita de cortesia ao presidente do Senado (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2018 às 15h40.

Brasília - O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, evitou comentar informações de que as negociações para a revisão do contrato de cessão onerosa com a União travaram em torno da definição da moeda de referência para o pagamento de todas as obrigações.

Como mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a diferença em utilizar dólar ou real para as dívidas da Petrobras com a União, por exemplo, corresponderia a cerca de R$ 6,5 bilhões.

A divergência em torno da moeda de referência foi confirmada à reportagem pelo ministro das Minas e Energia, Moreira Franco.

Monteiro, que fez uma visita de cortesia ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse que não teve nenhuma discussão sobre cessão onerosa com o emedebista. Confrontado com as informações sobre a divergência em torno da moeda, ele não quis comentar. "Prefiro me ater às discussões que tive com o senador", afirmou.

A revisão do contrato de cessão onerosa, que transferiu à Petrobras sem licitação o direito de explorar 5 bilhões de barris em seis áreas do pré-sal da Bacia de Santos, é apontada como uma das grandes prioridades do governo federal para este ano.

O acordo é pré-requisito para destravar o megaleilão do pré-sal, que pode arrecadar até US$ 100 bilhões segundo estimativa do governo.

Acompanhe tudo sobre:Eunício OliveiraIvan MonteiroPetrobrasSenado

Mais de Economia

Tesouro adia para 15 de janeiro resultado das contas de novembro

Câmara apresenta justificativa sobre emendas e reitera que Câmara seguiu pareceres do governo

Análise: Inflação preocupa e mercado já espera IPCA de 5% em 2025

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra