Missão internacional aprova reformas econômicas na Irlanda
Inspetores do FMI, da UE e do BCE consideram que governo segue no 'bom caminho' para resolver seus problemas econômicos
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 14h20.
Dublin - O programa de ajuda à Irlanda continua avançando pelo 'bom caminho' segundo a missão de análise internacional, para quem uma conclusão bem-sucedida depende que o Governo irlandês mantenha 'firme' sua política econômica.
Os inspetores do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) apresentaram nesta quinta-feira em Dublin suas conclusões sobre a revisão das medidas adotadas pelo Executivo irlandês no último trimestre para cumprir com seu resgate econômico.
Esta é a quinta análise efetuada por estes organismos internacionais desde que a Irlanda aceitou no final de 2010 um programa de ajuda do FMI e da União Europeia (UE) quantificado em 85 bilhões de euros.
Embora ainda restem 'obstáculos', de acordo com um comunicado da missão, 'a aplicação do programa é sólida' e o processo de consolidação fiscal está 'encaminhado', como demonstra o fato de que o déficit público durante 2011 se situou abaixo dos limites estabelecidos.
O ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan, antecipou nesta quinta-feira que as metas de consolidação fiscal foram alcançadas com 'significativa folga', pois o Executivo espera situar seu déficit público durante o ano passado em torno de 10%, abaixo dos 10,6% fixados no resgate.
Segundo a missão', as autoridades irlandesas continuam, além disso, desenvolvendo planos de reforma de 'amplo alcance' para devolver a 'saúde', seus sistemas financeiros, apoiar a recuperação econômica, melhorar a competitividade e criar empregos.
Tudo isto, dizem os inspetores, foi possível apesar de uma 'fraca demanda interna', que destaca a 'forte administração fiscal' e o 'firme controle imposto sobre a despesa'.
Em dezembro, o Executivo irlandês apresentou seu orçamento geral para 2012 com o objetivo de economizar 3,8 bilhões de euros e reduzir assim seu déficit público até 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para a missão internacional, este roteiro marca claramente o caminho em direção ao objetivo final, que é a redução do déficit público até 3% do PIB em 2015, quando finaliza o programa de ajuda à Irlanda.
Enquanto isso, destacam os examinadores, foram efetuados 'enormes progressos' para 'reforçar e reduzir' o tamanho do sistema bancário nacional.
Neste sentido, lembraram que o Bank of Ireland e o Allied Irish Banks (AIB), os dois pilares sobre os quais o Governo reestruturou seus bancos, em sua maioria parcialmente nacionalizados, ingressaram 15 bilhões de euros graças à venda de ativos a 'preços significativamente melhores' que o esperado.
Também fizeram ações para 'estimular o crescimento e a criação de emprego' através, por exemplo, de uma 'reforma salarial por setores', o que oferece uma maior flexibilidade aos empregos mais castigados pela crise.
A missão internacional antecipou que o Governo está finalizando seu plano para vender certos bens estatais com o objetivo de 'fortalecer a competitividade e eficiência de setores-chave' e, ao mesmo tempo, assegurar lucros para os cofres públicos.
No entanto, a Irlanda tem perante si 'desafios consideráveis' por causa da 'fraca demanda interna e do alto desemprego, motivo pelo qual a missão estimou que a economia do país crescerá apenas 0,5% durante 2012, quase meio ponto a menos que o antecipado no ano anterior. EFE
Dublin - O programa de ajuda à Irlanda continua avançando pelo 'bom caminho' segundo a missão de análise internacional, para quem uma conclusão bem-sucedida depende que o Governo irlandês mantenha 'firme' sua política econômica.
Os inspetores do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) apresentaram nesta quinta-feira em Dublin suas conclusões sobre a revisão das medidas adotadas pelo Executivo irlandês no último trimestre para cumprir com seu resgate econômico.
Esta é a quinta análise efetuada por estes organismos internacionais desde que a Irlanda aceitou no final de 2010 um programa de ajuda do FMI e da União Europeia (UE) quantificado em 85 bilhões de euros.
Embora ainda restem 'obstáculos', de acordo com um comunicado da missão, 'a aplicação do programa é sólida' e o processo de consolidação fiscal está 'encaminhado', como demonstra o fato de que o déficit público durante 2011 se situou abaixo dos limites estabelecidos.
O ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan, antecipou nesta quinta-feira que as metas de consolidação fiscal foram alcançadas com 'significativa folga', pois o Executivo espera situar seu déficit público durante o ano passado em torno de 10%, abaixo dos 10,6% fixados no resgate.
Segundo a missão', as autoridades irlandesas continuam, além disso, desenvolvendo planos de reforma de 'amplo alcance' para devolver a 'saúde', seus sistemas financeiros, apoiar a recuperação econômica, melhorar a competitividade e criar empregos.
Tudo isto, dizem os inspetores, foi possível apesar de uma 'fraca demanda interna', que destaca a 'forte administração fiscal' e o 'firme controle imposto sobre a despesa'.
Em dezembro, o Executivo irlandês apresentou seu orçamento geral para 2012 com o objetivo de economizar 3,8 bilhões de euros e reduzir assim seu déficit público até 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para a missão internacional, este roteiro marca claramente o caminho em direção ao objetivo final, que é a redução do déficit público até 3% do PIB em 2015, quando finaliza o programa de ajuda à Irlanda.
Enquanto isso, destacam os examinadores, foram efetuados 'enormes progressos' para 'reforçar e reduzir' o tamanho do sistema bancário nacional.
Neste sentido, lembraram que o Bank of Ireland e o Allied Irish Banks (AIB), os dois pilares sobre os quais o Governo reestruturou seus bancos, em sua maioria parcialmente nacionalizados, ingressaram 15 bilhões de euros graças à venda de ativos a 'preços significativamente melhores' que o esperado.
Também fizeram ações para 'estimular o crescimento e a criação de emprego' através, por exemplo, de uma 'reforma salarial por setores', o que oferece uma maior flexibilidade aos empregos mais castigados pela crise.
A missão internacional antecipou que o Governo está finalizando seu plano para vender certos bens estatais com o objetivo de 'fortalecer a competitividade e eficiência de setores-chave' e, ao mesmo tempo, assegurar lucros para os cofres públicos.
No entanto, a Irlanda tem perante si 'desafios consideráveis' por causa da 'fraca demanda interna e do alto desemprego, motivo pelo qual a missão estimou que a economia do país crescerá apenas 0,5% durante 2012, quase meio ponto a menos que o antecipado no ano anterior. EFE