Meteorologia reduz perspectiva de danos ao café
Modelos meteorológicos se consolidam apontando temperaturas não tão baixas, reduzindo perspectivas de danos para lavouras de café
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 14h54.
São Paulo - As perspectivas de danos para lavouras de café com uma onda de frio que chegará ao Sul/Sudeste do Brasil na próxima semana foram reduzidas nesta sexta-feira, à medida que os modelos meteorológicos se consolidam apontando temperaturas não tão baixas, disseram especialistas.
"Os últimos modelos de previsão mantêm as chuvas, mas enfraqueceram um pouco o frio que chega às áreas de café, além de atrasar sua entrada sobre a região Sudeste", disse a Somar Meteorologia em seu boletim diário.
Os futuros do café na bolsa de Nova York chegaram a registrar na quinta-feira o maior valor em quase dois meses, com temores de que geadas poderiam afetar plantações no país que é o maior produtor e exportador mundial do produto. Os preços mantinham a alta nesta sexta-feira, mas operavam abaixo da máxima de 1,34 dólar da véspera.
Meteorologistas alertam que o frio mais intenso vai ficar concentrado na região Sul do Brasil, na sul de São Paulo (próximo à divisa com o Paraná) e em regiões de Mato Grosso do Sul.
Paraná e São Paulo são, respectivamente, o terceiro e o quinto produtores de café do Brasil.
As áreas de maior produção estão em Minas Gerais, abrangendo também regiões do norte de São Paulo.
"Ontem (quinta-feira) havia uma perspectiva de geada para São Paulo na terça-feira. Os modelos meteorológicos de hoje recuaram um pouco", disse à Reuters a meteorologista Aline Tochio, do Climatempo.
Os especialistas lembram que, para a formação de geada, é necessária uma combinação de fatores como céu claro, solo com pouca umidade e ventos fracos, além de temperaturas abaixo de 4 graus, em média.
"A dúvida é quando haverá o ponto de geada", disse a meteorologista do Climatempo, lembrando que os dias anteriores ao frio mais intenso serão bastante chuvosos, elevando a umidade do solo.
A Somar Meteorologia aponta que o avanço do frio, vindo do Sul, está mais lento que o previsto e que agora, ao invés da madrugada do dia 23, as temperaturas mais intensas estão previstas para a noite do dia 23 e madrugada do dia 24, com mínimas de 2 graus no norte do Paraná e sul de São Paulo.
"Ainda temos o risco de algumas geadas fracas e isoladas, mas agora não vemos possibilidade desse sistema trazer frio intenso para as demais áreas produtoras de café, como a Mogiana e o sul de Minas Gerais", disse a Somar.
Paraná e trigo
Para algumas regiões do Paraná, importante Estado produtor de trigo, há indicativos fortes de geada no início da próxima semana.
"Vai ocorrer um resfriamento no início da próxima semana, e com potencial grande de geada, mas não podemos especificar valores", disse a meteorologista Ana Beatriz Porto, do Simepar, instituto que funciona dentro da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.
Cerca de 40 por cento das lavouras de trigo do Paraná --que lidera a produção no Brasil junto com o Rio Grande do Sul-- estão em fases vulneráveis ao frio intenso.
"Os modelos continuam colocando um resfriamento para o início da próxima semana, segunda e terça-feira. Mas estamos longe da análise", disse ela, apontando possibilidade de geada mais forte no centro-sul do Paraná.
"Essa massa de ar é muito intensa, talvez a mais intensa do ano", afirmou.
São Paulo - As perspectivas de danos para lavouras de café com uma onda de frio que chegará ao Sul/Sudeste do Brasil na próxima semana foram reduzidas nesta sexta-feira, à medida que os modelos meteorológicos se consolidam apontando temperaturas não tão baixas, disseram especialistas.
"Os últimos modelos de previsão mantêm as chuvas, mas enfraqueceram um pouco o frio que chega às áreas de café, além de atrasar sua entrada sobre a região Sudeste", disse a Somar Meteorologia em seu boletim diário.
Os futuros do café na bolsa de Nova York chegaram a registrar na quinta-feira o maior valor em quase dois meses, com temores de que geadas poderiam afetar plantações no país que é o maior produtor e exportador mundial do produto. Os preços mantinham a alta nesta sexta-feira, mas operavam abaixo da máxima de 1,34 dólar da véspera.
Meteorologistas alertam que o frio mais intenso vai ficar concentrado na região Sul do Brasil, na sul de São Paulo (próximo à divisa com o Paraná) e em regiões de Mato Grosso do Sul.
Paraná e São Paulo são, respectivamente, o terceiro e o quinto produtores de café do Brasil.
As áreas de maior produção estão em Minas Gerais, abrangendo também regiões do norte de São Paulo.
"Ontem (quinta-feira) havia uma perspectiva de geada para São Paulo na terça-feira. Os modelos meteorológicos de hoje recuaram um pouco", disse à Reuters a meteorologista Aline Tochio, do Climatempo.
Os especialistas lembram que, para a formação de geada, é necessária uma combinação de fatores como céu claro, solo com pouca umidade e ventos fracos, além de temperaturas abaixo de 4 graus, em média.
"A dúvida é quando haverá o ponto de geada", disse a meteorologista do Climatempo, lembrando que os dias anteriores ao frio mais intenso serão bastante chuvosos, elevando a umidade do solo.
A Somar Meteorologia aponta que o avanço do frio, vindo do Sul, está mais lento que o previsto e que agora, ao invés da madrugada do dia 23, as temperaturas mais intensas estão previstas para a noite do dia 23 e madrugada do dia 24, com mínimas de 2 graus no norte do Paraná e sul de São Paulo.
"Ainda temos o risco de algumas geadas fracas e isoladas, mas agora não vemos possibilidade desse sistema trazer frio intenso para as demais áreas produtoras de café, como a Mogiana e o sul de Minas Gerais", disse a Somar.
Paraná e trigo
Para algumas regiões do Paraná, importante Estado produtor de trigo, há indicativos fortes de geada no início da próxima semana.
"Vai ocorrer um resfriamento no início da próxima semana, e com potencial grande de geada, mas não podemos especificar valores", disse a meteorologista Ana Beatriz Porto, do Simepar, instituto que funciona dentro da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.
Cerca de 40 por cento das lavouras de trigo do Paraná --que lidera a produção no Brasil junto com o Rio Grande do Sul-- estão em fases vulneráveis ao frio intenso.
"Os modelos continuam colocando um resfriamento para o início da próxima semana, segunda e terça-feira. Mas estamos longe da análise", disse ela, apontando possibilidade de geada mais forte no centro-sul do Paraná.
"Essa massa de ar é muito intensa, talvez a mais intensa do ano", afirmou.