A presidente do Banco Central Europeu reconheceu nesta quinta que a guerra na Ucrânia segue sendo um fator de risco para a inflação da zona do euro (Andreas Rentz/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 4 de maio de 2023 às 15h11.
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 4, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, destacou que, apesar da meta "única" do BC europeu ser a de inflação a 2% ao ano, a autoridade monetária continuará a monitorar o aperto no crédito, que podem ocorrer devido às "renovadas tensões nos mercados financeiros". Mais cedo, o BCE elevou os juros em 25 pontos-base (pb).
De acordo com Lagarde, o setor bancário da zona do euro vem se mostrado "resiliente e mensurável", com o caso do banco Credit Suisse contando com uma reação rápida de autoridades da Suíça. Entretanto, apesar de afirmar que a zona do euro está "longe" de uma crise de crédito, a presidente afirmou que os empréstimos podem "enfraquecer ainda mais" e que os juros altos estão restringindo a busca de crédito por empresas, diminuindo a demanda.
A banqueira central também declarou que não vê motivo para não acelerar a redução do balanço patrimonial da zona do euro, de forma ele seguirá sendo reduzido "em ritmo previsível e mensurável".
Lagarde também destacou que os reinvestimentos no programa APP de compra de ativos terminará em julho, tendo sido bem absorvido nos mercados.
A presidente do Banco Central Europeu reconheceu nesta quinta que a guerra na Ucrânia segue sendo um fator de risco para a inflação da zona do euro, podendo novamente pressionar os preços de energia e alimentos.
"A guerra na Ucrânia também é risco à perspectiva econômica e pode puxar de novo preços de energia e alimentos", destacou Lagarde.