Economia

Meta é elevar em 20% vendas para a China, diz Pimentel

Brasil quer aprofundar discussões sobre uma mudança no padrão de câmbio internacional, baseado atualmente no dólar, para facilitar laços comerciais com chineses

Reunião com Chen Deming no Itamaraty prolongou iniciativas da presidente Dilma em visita à China (Presidência da República)

Reunião com Chen Deming no Itamaraty prolongou iniciativas da presidente Dilma em visita à China (Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 14h32.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, propôs hoje ao ministro chinês de Comércio, Chen Deming, um aprofundamento das discussões para a mudança do padrão de câmbio internacional baseado no dólar. "É necessária a criação de uma cesta de moedas para balizar trocas comerciais e financeiras", afirmou Pimentel, após reunião que também contou com a participação do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota. Pimentel também afirmou que a meta brasileira é aumentar em 20% as exportações para a China em 2011. No ano passado, os embarques brasileiros para o gigante asiático totalizaram US$ 30 bilhões.

Deming se mostrou simpático à ideia sobre o câmbio, mas ponderou que uma discussão dessa natureza tem que ser tratada no longo prazo, pelos ministros de finanças e pelos presidentes dos bancos centrais dos países. "No momento, já podemos fazer o cálculo em moedas locais no comércio entre Brasil e China. Os empresários podem optar em usar o dólar ou o real. Temos um sistema bastante aberto", completou.

Deming acrescentou que o crescimento das trocas entre os dois países será importante para o comércio internacional, sobretudo em um momento no qual os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão ainda passam por dificuldades. Pimentel afirmou ainda que a recente imposição de barreiras às importações brasileiras de automóveis não foi tratada na reunião, porque as vendas chinesas de carros para o Brasil não são relevantes.

O ministro afirmou ainda que falará à tarde sobre as licenças não automáticas exigidas na entrada dos bens no Brasil, que têm afetado principalmente as relações com a Argentina. "Mas queria deixar claro que este não é um tema relacionado especificamente ao nosso comércio com os argentinos. É uma forma de proteger a nossa indústria automotiva", concluiu.

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