Economia

Meta central do Japão é escapar da deflação, diz Nakao

O vice-ministro das Finanças disse que as taxas de juros não podem ser reduzidas abaixo de zero, enquanto as vendas continuarem caindo em um ambiente deflacionário


	Takehiko Nakao: "O Japão tem sofrido com a deflação persistente por duas décadas. É devastador", disse o vice-ministro das Finanças
 (REUTERS/Bobby Yip)

Takehiko Nakao: "O Japão tem sofrido com a deflação persistente por duas décadas. É devastador", disse o vice-ministro das Finanças (REUTERS/Bobby Yip)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 06h12.

Tóquio - A meta central do relaxamento monetário do Japão é a tirar o país da deflação, afirmou o vice-ministro de Finanças, Takehiko Nakao, nesta quinta-feira.

Derrotar a deflação é "o objetivo central desta administração", declarou Nakao, referindo-se a uma nova meta de inflação adotada pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) no mês passado, a pedido do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Falando em um seminário organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Nakao disse também que a política econômica do novo governo "tem sido até agora bem-sucedida", apontando para os preços das ações em alta e a depreciação do iene, enquanto as taxas de juro de longo prazo permanecem baixas.

Ele observou que duas décadas de deflação causaram graves danos à economia japonesa, em termos de queda nas vendas e salários, além de estagnação de investimento e consumo privado.

Nakao disse que as taxas de juros não podem ser reduzidas abaixo de zero, enquanto as vendas continuarem caindo em um ambiente deflacionário, tornando-se mais e mais difícil para gerenciar a dívida.

"O Japão tem sofrido com a deflação persistente por duas décadas. É devastador", disse ele. "As taxas de juros reais têm sido muito elevadas em comparação com as necessárias taxas de juros menores".

Ele ressaltou que as pessoas tendem a adiar o consumo em um ambiente deflacionário sob as expectativas de que as coisas vão ficar mais baratas.

Mas o Nakao declarou que confiar no crédito fácil e no estímulo fiscal tem riscos.

"Precisamos prestar atenção à saúde fiscal. Caso contrário, vamos perder a credibilidade. Taxas de juros podem aumentar, de repente". As informações são da Dow Jones.

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