Economia

'Mercados' de planos de saúde abrem nos EUA com demora

Os chamados "mercados de planos de saúde", uma das disposições chave da reforma de saúde, foram abertos nesta terça com algumas demoras e problemas


	Bandeira dos Estados Unidos: lançamento desses mercados coincidiu com o início da paralisação parcial das atividades da administração federal
 (David Maung/Bloomberg)

Bandeira dos Estados Unidos: lançamento desses mercados coincidiu com o início da paralisação parcial das atividades da administração federal (David Maung/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 14h59.

Washington - Os chamados "mercados de planos de saúde", uma das disposições chave da reforma de saúde promulgada nos Estados Unidos em 2010, foram abertos nesta terça-feira com algumas demoras e problemas menores para permitir que milhões de cidadãos se inscrevam em mais de 50 ofertas de planos privados.

O lançamento desses mercados coincidiu com o início da paralisação parcial das atividades da administração federal, causada pela falta de acordo no Congresso na aprovação de fundos extras que permitissem financiar o governo americano no novo ano fiscal, que começou hoje, 1º de outubro.

A ala mais conservadora dos republicanos procura condicionar esse financiamento a alguns adiamentos na aplicação da reforma da saúde, rejeitada pelos democratas e pelo presidente americano, Barack Obama.

Obama deixou claro nos últimos dias que os mercados de planos de saúde entrariam em vigor hoje independente do fechamento parcial das operações da administração.

Quase 48 milhões de pessoas nos Estados Unidos que não têm um plano de saúde poderão adquirir um a preços acessíveis e, em alguns casos, se beneficiar de subsídios federais.

A legislação, duramente combatida pelos republicanos, que a apelidaram de Obamacare, prevê que todo cidadão americano deve ter um plano de saúde. Ele pode ser financiado pelas empresas - situação mais comum, pelo governo para parcelas específicas da população ou adquirido pela própria pessoa.


Em 34 dos 50 estados do país o governo federal regulará total ou parcialmente o funcionamento desses mercados, que estarão abertos durante seis meses, até fim de março.

O objetivo é que o maior número de pessoas possível tenha uma cobertura de saúde garantida até 1º de janeiro de 2014, quando deve entrar em vigor a obrigatoriedade do seguro médico, a cláusula fundamental da reforma da saúde.

Alguns estados como Minnesota e Maryland experimentaram atrasos nas primeiras horas de funcionamento dos novos mercados de planos, de acordo com o "Wall Street Journal".

Na Virgínia, o site para obter informação e contratar um plano teve problemas por causa do grande número de acessos. No estado de Nova York a página de acesso ao mercado teve mais de dois milhões de visitantes em duas horas.

Mais de três anos após sua promulgação, a sociedade americana continua dividida sobre a reforma da saúde, algo que o governo de Obama atribui à falta de informação e à campanha contra da lei fomentada pelos republicanos, fundamentalmente por sua ala conservadora, o Tea Party.

Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada hoje, 45% dos eleitores americanos apoiam a reforma da saúde e 47% se opõem a ela.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPlanos de saúdePolíticosSaúde

Mais de Economia

Coluna: Potenciais impactos da estiagem neste ano no Brasil

Foz do Amazonas: Alcolumbre se reúne com presidente da Petrobras e diz que Ibama 'boicota país'

BC da Argentina faz 7º corte de juros no governo Milei; taxa vai a 35% ao ano

Pré-sal tem recorde de produção em setembro