Mercado volta a elevar projeção para inflação em 2010
São Paulo - O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a inflação a ser registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC), a expectativa para o índice no ano subiu de 5,10% para 5,16%. Com isso, a […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a inflação a ser registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC), a expectativa para o índice no ano subiu de 5,10% para 5,16%.
Com isso, a inflação prevista se distanciou ainda mais do centro da meta do governo para este ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 permaneceu em 4,70%. Já a estimativa para a inflação de março subiu de 0,44% para 0,48%. Para abril, a projeção passou de 0,39% para 0,40%. O dado do IPCA de março deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 8 de abril.
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 manteve-se em 11,25% ao ano. Já a estimativa para a taxa no fim de 2011 caiu de 11,10% para 11% ao ano. O mercado também manteve a estimativa de que o início do processo de alta dos juros ocorra em abril, com aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 9,25% ao ano. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.
PIB
A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 apresentou leve melhora na pesquisa semanal Focus. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 5,50% para um crescimento de 5,51%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.
No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 8,79% para 8,95%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana caiu de R$ 1,87 para R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 permaneceu em R$ 1,82.
O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos seguiu em US$ 60 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 mantém-se em US$ 10 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 2,50 bilhões para US$ 3,55 bilhões.
Analistas alteraram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de US$ 38 bilhões para US$ 38,3 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.