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Mercado volta a reduzir expansão do PIB em 2012

O Produto Interno Bruto em 2012 caiu de 2,18% para 2,05%

Mercado manteve a perspectiva para a Selic neste ano em 7,5% (SXC.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 09h14.

São Paulo - A persistente dificuldade da economia brasileira em acelerar levou o mercado a reduzir mais uma vez sua expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), pela oitava semana seguida, mantendo a projeção para a Selic neste ano em 7,50 por cento.

De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, o mercado cortou a previsão de crescimento do PIB em 2012 de 2,18 para 2,05 por cento.

Se concretizado, esse resultado continua bem abaixo do já fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7 por cento. Além disso, seria o pior resultado desde 2009, quando a economia encolheu 0,33 por cento.

Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5 por cento, devido à recuperação ainda lenta da atividade e ao cenário internacional.

Depois de o PIB ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5 por cento da economia para este ano e parte dela fala em algo em torno de 3 por cento.

A indústria é o ponto principal, uma vez que a produção do setor registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2 por cento frente a março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na terça-feira os dados sobre a produção industrial de maio.

Para enfrentar essa situação, o governo vem anunciando várias medidas de estímulo e o BC reduziu a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50 por cento ao ano atualmente. E deve realizar ainda mais reduções, como indicado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para 2013, as previsões no Focus apontam para um PIB crescendo 4,20 por cento, inalterado ante a semana anterior. Já para a Selic no período, o mercado manteve a previsão de 9,00 por cento anteriormente.

Inflação

O recente movimento de desaceleração da inflação, como mostrado por vários indicadores, abre ainda mais espaço para que o BC continue reduzindo a taxa básica de juros.


Nesta segunda-feira, o índice IPC-S calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou alta de 0,11 por cento na quarta quadrissemana de junho após encerrar maio com ganho de 0,52 por cento . Já na semana passada, a FGV informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,66 por cento em junho, ante elevação de 1,02 por cento em maio.

Assim, o mercado continua reduzindo suas estimativas para o IPCA no final deste ano, permanecendo abaixo da marca de 5 por cento, segundo o Focus. A previsão agora é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano ficará em uma alta de 4,93 por cento, ante 4,95 por cento na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5,50 por cento.

Em seu Relatório de Inflação, o BC piorou suas perspectivas ao projetar que o IPCA subirá 4,7 por cento pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,4 por cento, devido à alta do dólar frente ao real.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi mantida em 1,95 real por dólar.

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São Paulo - A persistente dificuldade da economia brasileira em acelerar levou o mercado a reduzir mais uma vez sua expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), pela oitava semana seguida, mantendo a projeção para a Selic neste ano em 7,50 por cento.

De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, o mercado cortou a previsão de crescimento do PIB em 2012 de 2,18 para 2,05 por cento.

Se concretizado, esse resultado continua bem abaixo do já fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7 por cento. Além disso, seria o pior resultado desde 2009, quando a economia encolheu 0,33 por cento.

Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5 por cento, devido à recuperação ainda lenta da atividade e ao cenário internacional.

Depois de o PIB ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5 por cento da economia para este ano e parte dela fala em algo em torno de 3 por cento.

A indústria é o ponto principal, uma vez que a produção do setor registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2 por cento frente a março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na terça-feira os dados sobre a produção industrial de maio.

Para enfrentar essa situação, o governo vem anunciando várias medidas de estímulo e o BC reduziu a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50 por cento ao ano atualmente. E deve realizar ainda mais reduções, como indicado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para 2013, as previsões no Focus apontam para um PIB crescendo 4,20 por cento, inalterado ante a semana anterior. Já para a Selic no período, o mercado manteve a previsão de 9,00 por cento anteriormente.

Inflação

O recente movimento de desaceleração da inflação, como mostrado por vários indicadores, abre ainda mais espaço para que o BC continue reduzindo a taxa básica de juros.


Nesta segunda-feira, o índice IPC-S calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou alta de 0,11 por cento na quarta quadrissemana de junho após encerrar maio com ganho de 0,52 por cento . Já na semana passada, a FGV informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,66 por cento em junho, ante elevação de 1,02 por cento em maio.

Assim, o mercado continua reduzindo suas estimativas para o IPCA no final deste ano, permanecendo abaixo da marca de 5 por cento, segundo o Focus. A previsão agora é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano ficará em uma alta de 4,93 por cento, ante 4,95 por cento na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5,50 por cento.

Em seu Relatório de Inflação, o BC piorou suas perspectivas ao projetar que o IPCA subirá 4,7 por cento pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,4 por cento, devido à alta do dólar frente ao real.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi mantida em 1,95 real por dólar.

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