Mercado teme que Portugal peça novo resgate
País nega a possibilidade de precisar de mais dinheiro ou de renegociar sua dívida
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 15h07.
Os mercados financeiros temem cada vez mais que Portugal se veja obrigado a pedir um segundo resgate financeiro e uma reestruturação de sua dívida, tornando-se uma "nova Grécia", mas o governo português já se pronunciou dizendo que isso não irá ocorrer.
"Para Portugal, o mais importante agora é reduzir a pressão externa, que é originada na situação grega", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, após a reunião europeia de segunda-feira em Bruxelas.
Segundo Coelho, mesmo que Irlanda ou Portugal não sejam capazes de emitir títulos da dívida nos mercados financeiros nos prazos acordados, a União Europeia (UE) não retirará seu apoio a estes países enquanto seus programas forem aplicados corretamente.
Em uma declaração comum, os países da zona do euro se comprometeram a apoiar os Estados resgatados como Portugal e Irlanda até que eles possam voltar aos mercados.
Depois de Grécia e Irlanda, Portugal se converteu em maio no terceiro país da Eurozona a pedir um resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de um total de 78 bilhões de euros.
O objetivo desta assistência é permitir que Lisboa possa cumprir com seus compromissos financeiros, já que os juros exigidos pelos mercados para comprar dívida portuguesa se tornaram proibitivos.
Nesta terça-feira, o rendimento do bônus português a dez anos rondava os 16%.
"É possível que Portugal precise de mais dinheiro por causa da conjuntura econômica", disse Patrick Jacq, estrategista de obrigações no banco francês BNP Paribas.
Cumprindo os compromissos adquiridos com a UE e o FMI, o governo português tem aplicando um severo plano de rigor, lançado uma reforma do mercado de trabalho e iniciado um programa de privatizações.
Contudo, a receita de rigor provocará este ano uma recessão "sem precedentes" de 3,1% do PIB, segundo o Banco de Portugal, o que pesará na arrecadação fiscal.
Fora do país, a desaceleração da economia mundial, em especial da zona do euro, ameaça frear as exportações portuguesas, único motor que pode reativar o crescimento.
"Contudo, caso a Grécia alcance um acordo com seus credores privados e se beneficie de um plano suplementar, penso que a situação nos mercados se acalmará", disse Patrick Jacq.
Os mercados financeiros temem cada vez mais que Portugal se veja obrigado a pedir um segundo resgate financeiro e uma reestruturação de sua dívida, tornando-se uma "nova Grécia", mas o governo português já se pronunciou dizendo que isso não irá ocorrer.
"Para Portugal, o mais importante agora é reduzir a pressão externa, que é originada na situação grega", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, após a reunião europeia de segunda-feira em Bruxelas.
Segundo Coelho, mesmo que Irlanda ou Portugal não sejam capazes de emitir títulos da dívida nos mercados financeiros nos prazos acordados, a União Europeia (UE) não retirará seu apoio a estes países enquanto seus programas forem aplicados corretamente.
Em uma declaração comum, os países da zona do euro se comprometeram a apoiar os Estados resgatados como Portugal e Irlanda até que eles possam voltar aos mercados.
Depois de Grécia e Irlanda, Portugal se converteu em maio no terceiro país da Eurozona a pedir um resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de um total de 78 bilhões de euros.
O objetivo desta assistência é permitir que Lisboa possa cumprir com seus compromissos financeiros, já que os juros exigidos pelos mercados para comprar dívida portuguesa se tornaram proibitivos.
Nesta terça-feira, o rendimento do bônus português a dez anos rondava os 16%.
"É possível que Portugal precise de mais dinheiro por causa da conjuntura econômica", disse Patrick Jacq, estrategista de obrigações no banco francês BNP Paribas.
Cumprindo os compromissos adquiridos com a UE e o FMI, o governo português tem aplicando um severo plano de rigor, lançado uma reforma do mercado de trabalho e iniciado um programa de privatizações.
Contudo, a receita de rigor provocará este ano uma recessão "sem precedentes" de 3,1% do PIB, segundo o Banco de Portugal, o que pesará na arrecadação fiscal.
Fora do país, a desaceleração da economia mundial, em especial da zona do euro, ameaça frear as exportações portuguesas, único motor que pode reativar o crescimento.
"Contudo, caso a Grécia alcance um acordo com seus credores privados e se beneficie de um plano suplementar, penso que a situação nos mercados se acalmará", disse Patrick Jacq.