Banco Central: a pesquisa trouxe poucas alterações nas previsões do mercado para a inflação nas médias das estimativas (Divulgação/Banco Central)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 08h45.
Brasília - A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2012 caiu de 5,46% para 5,45%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central (BC).Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,44%. Para 2013, a projeção recuou de 5,40% para 5,39%. Há quatro semanas, estava em 5,42%.
A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,33% para 5,34%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,41%.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo se manteve em 5,45%.Para 2013, a previsão dos cinco analistas segue em 5,56%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,55% e de 5,42% para cada ano, respectivamente.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em novembro segue em 0,50%, abaixo do 0,52% previsto há um mês. Para dezembro, foi mantida em 0,51%. Há quatro semanas, estava em 0,52%.
A pesquisa trouxe poucas alterações nas previsões do mercado para a inflação nas médias das estimativas. De acordo com o levantamento, a média das apostas para o IPCA em 2012 segue em 5,45%. Para 2013, a média foi mantida em 5,38%. Para 2014, caiu de 5,33% para 5,32%. Para 2015, passou de 5,08% para 5,07%. Para 2016, recuou 4,99% para 4,97%.
IGPs
As projeções para os Índices Gerais de Preços (IGPs) em 2012 caíram novamente na pesquisa Focus. No levantamento divulgado nesta segunda-feira, a aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2012 caiu pela quinta semana, de 7,81% para 7,70%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa passou de 7,60% para 7,57%, sexta queda seguida. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 8,45% para o IGP-DI e de 8,37% para o IGP-M.
Para 2013, a estimativa para o IGP-DI subiu de 5,16% para 5,17%. Para o IGP-M, a expectativa caiu de 5,17% para 5,16%. Há quatro semanas, as projeções para o IGP-DI estava em 5,16%. Para o IGP-M, em 5,13%.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 se manteve em 4,73%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,56% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe segue em 4,85%. Há quatro semanas, estava em 4,83%.
Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2012 em 3,50%. Para 2013, a projeção caiu de 3,40% para 3,30%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 3,50% e 3,25%.
Selic
A taxa básica de juros (Selic) deve ficar no patamar atual de 7,25% ao ano até, pelo menos, o fim de 2013, de acordo com a pesquisa Focus. A mediana das estimativas para o patamar da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, em novembro, mostra novamente estabilidade nos juros.
A projeção para o fim de 2013 também segue em 7,25% ao ano. Há quatro semanas, estava em 8% ao ano. A pesquisa Focus mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano, em 8,47%. Para 2013, a previsão de Selic média segue em 7,25%. Quatro pesquisas antes, analistas esperavam juro médio de 8,47% em 2012 e de 7,44% no ano que vem.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no cenário de médio prazo se manteve em 7,25% no fim de 2012 e no fim de 2013.
Os economistas consultados mantiveram suas previsões para a taxa básica de juros até abril de 2014, último mês cuja mediana é divulgada separadamente. A previsão é de que os juros sigam nos atuais 7,25% até o fim de 2013 e subam para 7,75% em janeiro de 2014. Também foram mantidas as projeções para março (8%) e abril de 2014 (8,25%).
PIB
A previsão de crescimento da economia brasileira em 2012 recuou de 1,54% para 1,52% na Focus. Para 2013, a aposta passou de 4,00% para 3,96%. A projeção para o desempenho do setor industrial em 2012 continua negativa e passou de -2,32% para -2,39%. Para 2013, economistas preveem avanço industrial de 4,15%, acima da projeção de 4,10% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de retração de 2,06% neste ano e de expansão de 4,20% no próximo ano.
Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 em 35,20%. Para 2013, a projeção segue em 34%. Há quatro semanas, as projeções estavam, respectivamente, em 35,20% e 34% do PIB.
Câmbio
As projeções para a taxa de câmbio no fim de 2012 e de 2013 subiram nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus. Para o fim deste ano, passou de R$ 2,02 para R$ 2,03. Para o próximo, subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02. Para o fechamento de novembro, a projeção ficou em R$ 2,03.
Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão de taxa média de câmbio de R$ 1,95 em 2012. Para 2013, a projeção subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,95 em 2012 e em R$ 2,01 no próximo ano. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo subiu de R$ 2,03 para R$ 2,06 para o fim de 2012. Para o fechamento de 2013, se manteve em R$ 2,10.
Transações correntes
O mercado financeiro reduziu a previsão de déficit em transações correntes neste ano. A mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente em 2012 caiu de US$ 55,00 bilhões para US$ 54,60 bilhões. Há um mês, estava em US$ 56,00 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas recuou de US$ 66,32 bilhões para US$ 65,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 65,90 bilhões.
Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2012 de US$ 18,90 bilhões para US$ 19,20 bilhões. Quatro semanas antes estava em US$ 18,09 bilhões. Para 2013, a projeção subiu de US$ 15,43 bilhões para US$ 15,52 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 15,00 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foram mantidas em US$ 60 bilhões em 2012 e em 2013. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 59,68 bilhões em 2012 e US$ 60 bilhões em 2013.