Inflação: projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,75% (Fridman/Bloomberg/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 09h43.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2020 às 10h48.
A expectativa de crescimento da economia em 2020 caiu de 2,30% para 2,23%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 2,31%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
Em dezembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2020, de alta de 1,8% para elevação de 2,2%.
Os economistas do mercado financeiro também alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O relatório mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,25% para 3,22%. Trata-se da sétima queda seguida do indicador.
Há um mês, estava em 3,56%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
No início de fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,25% em janeiro.
Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2020 estava em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 seguiu em 3 16%. Para 2021, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,73%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 3,75%, nesta ordem.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, ante 3,75% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,75% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias
A projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 3,21% para 3,22%. Houve 50 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,50%.
No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,70% para 3,75%. Há um mês, estava em 3,75%. A atualização no Focus foi feita por 47 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA em fevereiro de 2020, de alta de 0,21% para 0,20%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,37%.
Para março, a projeção no Focus seguiu em alta de 0,20% e, para abril, passou de alta de 0,34% para 0,35%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,30% e 0,35%, respectivamente.
No Focus divulgado nesta segunda, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,40% para 3,43% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,57%.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou, ainda, uma leve alteração na projeção para os preços administrados em 2020. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 3,75% para 3,74%. Para 2021, a mediana foi de alta de 3 78% para 3,80%. Há um mês, o mercado projetava aumentos de 3,77% e de 4,00% para os preços administrados em 2020 e 2021, respectivamente.
IGP-M
O Relatório do BC também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2020 seguiu em 4,00%. Há um mês, estava em 4,32%. No caso de 2021, o IGP-M projetado seguiu em alta de 4,00%, igual a quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.