Economia

Mercado prevê mais inflação e menos crescimento em 2013

Nova redução no PIB chega após Banco Central indicar que a Selic permanecerá estável pelos próximos meses


	 

	Pessoa conta notas de reais: analistas consultados no Focus estimam o IPCA de 2013 em 5,65 por cento, ante 5,53 por cento na projeção anterior
 (Marcos Santos/USP Imagens)

  Pessoa conta notas de reais: analistas consultados no Focus estimam o IPCA de 2013 em 5,65 por cento, ante 5,53 por cento na projeção anterior (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 08h18.

São Paulo - O mercado elevou a expectativa para a inflação e reduziu novamente a do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, depois de o Banco Central indicar que a Selic permanecerá estável pelos próximos meses.

Desde o final de 2012 a inflação vinha dando sinais de força. Com isso, os analistas consultados no Focus agora estimam o IPCA em 2013 em 5,65 por cento, ante 5,53 por cento na projeção anterior, na terceira semana seguida de revisão para cima. Para 2014, a projeção foi mantida em 5,50 por cento.

No comunicado na semana passada que acompanhou o anúncio da decisão do BC de manter a Selic na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, o banco afirmou que os riscos de inflação pioraram no curto prazo.

O BC ressaltou, no entanto, que a atividade econômica também tem decepcionado, sinalizando que a taxa básica de juros do país não deverá mudar pelos próximos meses.

Entretanto, nesta segunda-feira o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) voltou a indicar desaceleração dos preços no atacado ao avançar 0,34 por cento na segunda prévia de janeiro, ante alta de 0,69 por cento no mesmo período de dezembro.

Crescimento

No Focus desta segunda-feira, os analistas voltaram a reduzir a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto em 2013 também pela terceira vez, embora ligeiramente, a 3,19 por cento, ante 3,20 por cento na semana anterior.

Para 2014 a perspectiva é de uma leve aceleração a 3,60 por cento, projeção inalterada ante o dado anterior.

Com o Copom afirmando novamente que a estratégia de manter a "estabilidade das condições monetárias" por mais tempo é a mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos--, os analistas consultados mantiveram a expectativa de Selic a 7,25 por cento no final deste ano.

Para 2014, entretanto, a projeção é de elevação da taxa básica de juros a 8,25 por cento, a mesma expectativa da semana anterior.

O mercado também elevou ligeiramente, de acordo com o Focus, a previsão para o dólar para o fim deste ano. A expectativa é que a cotação fique em 2,08 reais, ante 2,07 reais anteriormemte. Para 2014, a projeção foi elevada a 2,09 reais, ante em 2,05 reais.

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