Economia

Mercado aguarda reunião do Copom

Começa amanhã (16/07) a reunião mensal do Comitê Político Monetário (Copom), do Banco Central -- e a semana dos mercados brasileiros será em função da taxa básica de juros. A expectativa de grande parte do mercado é que a Selic seja mantida nos atuais 18,5%, com viés de baixa. Os analistas do Lloyds TSB, entretanto, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

Começa amanhã (16/07) a reunião mensal do Comitê Político Monetário (Copom), do Banco Central -- e a semana dos mercados brasileiros será em função da taxa básica de juros. A expectativa de grande parte do mercado é que a Selic seja mantida nos atuais 18,5%, com viés de baixa.

Os analistas do Lloyds TSB, entretanto, apontam pelo menos três variáveis consistentes para não descartar a possibilidade de baixar a taxa. A primeira delas é o nível de atividade econômica, que mais frágil do que se supunha há algumas semanas. A produção industrial de maio, por exemplo, caiu 0,9% em relação a maio do ano passado e 5,1% em relação a abril deste ano. "As expectativas do mercado estavam abaixo disso", afirma o Lloyds.

Um segundo ponto a ser levado em conta é o Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa de inflação calculada pela Fipe e na qual o governo se baseia para estipular sua meta. O IPCA de junho foi de 0,42%, contra os 0,21% de maio -- conforme era esperado --, o que fez baixar a inflação acumulada em 12 meses de 7,8% para 7,7%.

"É certo que a inflação de julho, por conta do aumento dos preços administrados e controlados, deve chegar a 1%, mas vale lembrar que em julho do ano passado ela foi de 1,33%", diz o Lloyds. Além disso, o núcleo da inflação cedeu de 0,51% em maio para 0,40% em junho. Em outras palavras, mesmo que o teto da meta de inflação de 2002 (de 5,5%) seja superado, os sinais recentes são de arrefecimento da alta dos preços livres.

Por fim, de acordo com o próprio Banco Central, a manutenção dos juros básicos em 18,5% levaria a uma inflação de 2,6% em 2003, contra o ponto médio de 4% estabelecido como meta para o período.

"Portanto, haveria espaço para a queda dos juros nesta semana desde que a taxa de câmbio que vem exercendo pressões sobre os preços, esteja menos elevada", dizem os analistas do Lloyds.

Na sexta-feira passada, o dólar fechou em leve alta, cotado em 2,81 reais. Na véspera da reunião do Copom do mês passado, a moeda americana estava cotada em 2,67 reais.

Além das expectativas da reunião do comitê, o mercado está de olho hoje no resultado da balança comercial na segunda semana de julho (espera-se superávit de 600 milhões de dólares). Nos Estados Unidos, sai o estoque das empresas referente ao mês de maio.

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