Menor demanda de empresas e governo gera queda de Serviços
Os serviços técnico-profissionais, por exemplo, tiveram retração de 9,7% no ano, a reboque do corte de gastos com grandes projetos, obras e investimentos
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 11h58.
Rio - A menor demanda das indústrias por frete e a menor contratação de serviços profissionais, administrativos e complementares por parte de empresas e do governo ajudaram a derrubar o setor de Serviços em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
Os transportes terrestres recuaram 10,4% no ano, devido à menor demanda por transporte de matérias-primas e produtos. Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4%.
"O transporte já vem apresentando retração ao longo de vários meses. O transporte de carga tem como seu principal demandante o setor industrial. Na medida em que o setor industrial passa por esse desaquecimento, ele implica por demanda menor de serviço de transporte, tanto para matéria-prima quanto para a distribuição de sua produção", explicou o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
O segmento de serviços profissionais também foi impactado em 2015, reflexo da menor contratação por parte de empresas e do governo.
Os serviços técnico-profissionais, por exemplo, tiveram retração de 9,7% no ano, a reboque do corte de gastos com grandes projetos, obras e investimentos.
"Grandes empresas que prestavam serviços para projetos de engenharia em diversas áreas, como telecomunicações, óleo e gás... Esse segmento foi muito afetado por uma retração mais acentuada na demanda por esses serviços auxiliares de engenharia", disse Saldanha.
Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4% no ano, mas aprofundaram a queda ao longo dos meses. Em dezembro de 2015 ante dezembro de 2014, o recuo chegou a 7,3%.
"As empresas estão cortando serviços e mantendo só no nível adequado para a sua operacionalidade. Uma empresa que mantinha 100 funcionários de limpeza terceirizados, por exemplo, hoje tem 80 ou 70, o suficiente para manter sua operacionalidade", justificou o técnico do IBGE.
A retração só não foi maior no setor de serviços como um todo em 2015 porque a área mais pesada, que é a de serviços de informação e comunicação, ficou estável (0,0%).
Houve redução na demanda das famílias por televisão por assinatura e substituição de serviços de telefonia por meios de comunicação digital, ressaltou Saldanha, mas o setor conseguiu evitar uma perda real no ano.
O aperto no orçamento dos trabalhadores também diminuiu a demanda pelo segmento de serviços prestados às famílias, que acumulou queda de 5,3% no ano. Mas a atividade já vinha apresentando taxas negativas desde junho de 2014, observou o IBGE.
Na soma de todos os segmentos, a queda do setor de Serviços foi de 3,6%, o pior desempenho da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012, pelo IBGE.
"O setor de serviços é o último a sentir o impacto do desaquecimento (da atividade econômica). Ele primeiro atinge a indústria, o comércio. O setor de serviços é o último a absorver esse impacto, principalmente o setor informal. Certamente o informal deve estar crescendo, mas infelizmente não temos como medir na pesquisa", concluiu o pesquisador.
Rio - A menor demanda das indústrias por frete e a menor contratação de serviços profissionais, administrativos e complementares por parte de empresas e do governo ajudaram a derrubar o setor de Serviços em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
Os transportes terrestres recuaram 10,4% no ano, devido à menor demanda por transporte de matérias-primas e produtos. Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4%.
"O transporte já vem apresentando retração ao longo de vários meses. O transporte de carga tem como seu principal demandante o setor industrial. Na medida em que o setor industrial passa por esse desaquecimento, ele implica por demanda menor de serviço de transporte, tanto para matéria-prima quanto para a distribuição de sua produção", explicou o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
O segmento de serviços profissionais também foi impactado em 2015, reflexo da menor contratação por parte de empresas e do governo.
Os serviços técnico-profissionais, por exemplo, tiveram retração de 9,7% no ano, a reboque do corte de gastos com grandes projetos, obras e investimentos.
"Grandes empresas que prestavam serviços para projetos de engenharia em diversas áreas, como telecomunicações, óleo e gás... Esse segmento foi muito afetado por uma retração mais acentuada na demanda por esses serviços auxiliares de engenharia", disse Saldanha.
Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4% no ano, mas aprofundaram a queda ao longo dos meses. Em dezembro de 2015 ante dezembro de 2014, o recuo chegou a 7,3%.
"As empresas estão cortando serviços e mantendo só no nível adequado para a sua operacionalidade. Uma empresa que mantinha 100 funcionários de limpeza terceirizados, por exemplo, hoje tem 80 ou 70, o suficiente para manter sua operacionalidade", justificou o técnico do IBGE.
A retração só não foi maior no setor de serviços como um todo em 2015 porque a área mais pesada, que é a de serviços de informação e comunicação, ficou estável (0,0%).
Houve redução na demanda das famílias por televisão por assinatura e substituição de serviços de telefonia por meios de comunicação digital, ressaltou Saldanha, mas o setor conseguiu evitar uma perda real no ano.
O aperto no orçamento dos trabalhadores também diminuiu a demanda pelo segmento de serviços prestados às famílias, que acumulou queda de 5,3% no ano. Mas a atividade já vinha apresentando taxas negativas desde junho de 2014, observou o IBGE.
Na soma de todos os segmentos, a queda do setor de Serviços foi de 3,6%, o pior desempenho da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012, pelo IBGE.
"O setor de serviços é o último a sentir o impacto do desaquecimento (da atividade econômica). Ele primeiro atinge a indústria, o comércio. O setor de serviços é o último a absorver esse impacto, principalmente o setor informal. Certamente o informal deve estar crescendo, mas infelizmente não temos como medir na pesquisa", concluiu o pesquisador.