Melhora econômica dos EUA põe emergentes em risco, diz Pimco
Redução dos estímulos do Fed pode reduzir a liquidez no mercado e ter também consequências negativas para países emergentes, afirma economista
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 09h18.
São Paulo – A situação do mercado de trabalho americano continuará atraindo os mais atentos olhares em 2014. Desde o estouro da crise, em 2008, a geração de postos de emprego tem mostrado recuperação – em 2013, foram criadas, em média, 200 mil vagas mensais. Nos últimos dois anos, a taxa de desemprego diminuiu de 8,3% para 7%.
A recuperação convenceu os membros do Federal Reserve (Fed) a aprovarem a redução do programa de compra mensal de ativos para estimular a economia americana em 10 bilhões de dólares, para 75 bilhões de dólares – a mudança na política do Fed foi aprovada por 9 votos a 1. O Fed informou ainda que provavelmente reduzirá mais compras de ativos em passos comedidos se dados mostrarem contínua melhora do mercado de trabalho e inflação rumo ao objetivo de longo prazo.
"Nós vimos um significativo progresso cumulativo no mercado de trabalho", disse recentemente o chefão do Fed, Ben Bernanke. Ele ressaltou que a economia criou 2,9 milhões de postos de trabalho e a taxa de desemprego reduziu um ponto porcentual - desde o último programa de compra de títulos do Fed em setembro de 2012. Bernanke também acredita que o mercado de trabalho deve continuar com uma "confiança maior". Segundo o presidente, a folha de pagamento tem crescido uma média de 200 mil por mês nos últimos meses. Com as restrições fiscais provavelmente diminuindo e os gastos das famílias aumentando, os sinais apontam para a criação de novos postos de trabalho.
De acordo com uma pesquisa do The Wall Street Journal , economistas expressaram otimismo semelhante, prevendo que, em média, os Estados Unidos devem adicionar cerca de 198.000 vagas de trabalho por mês em 2014, a estimativa mais elevada desde 2005.
No entanto, Mohit Mittal, o economista da gestora Pimco , alerta para um cenário incerto aos países emergentes em 2014. "Esperamos que 2014 seja um ano de incertezas adicionais. O crescimento econômico pode melhorar nos EUA, mas a redução dos estímulos do Fed pode reduzir a liquidez no mercado e ter também consequências negativas para países emergentes”, explicou o economista em seu mais recente relatório.
A Pimco não coloca o Brasil entre as economias onde mostra maior otimismo para 2014.
A gestora se prepara para reduzir sua exposição a dívidas corporativas de países emergentes em 2014, com o receio de que um excesso de novas emissões e a desaceleração na economia chinesa coloquem um ponto final na disparada desses papéis nos últimos 12 meses.
São Paulo – A situação do mercado de trabalho americano continuará atraindo os mais atentos olhares em 2014. Desde o estouro da crise, em 2008, a geração de postos de emprego tem mostrado recuperação – em 2013, foram criadas, em média, 200 mil vagas mensais. Nos últimos dois anos, a taxa de desemprego diminuiu de 8,3% para 7%.
A recuperação convenceu os membros do Federal Reserve (Fed) a aprovarem a redução do programa de compra mensal de ativos para estimular a economia americana em 10 bilhões de dólares, para 75 bilhões de dólares – a mudança na política do Fed foi aprovada por 9 votos a 1. O Fed informou ainda que provavelmente reduzirá mais compras de ativos em passos comedidos se dados mostrarem contínua melhora do mercado de trabalho e inflação rumo ao objetivo de longo prazo.
"Nós vimos um significativo progresso cumulativo no mercado de trabalho", disse recentemente o chefão do Fed, Ben Bernanke. Ele ressaltou que a economia criou 2,9 milhões de postos de trabalho e a taxa de desemprego reduziu um ponto porcentual - desde o último programa de compra de títulos do Fed em setembro de 2012. Bernanke também acredita que o mercado de trabalho deve continuar com uma "confiança maior". Segundo o presidente, a folha de pagamento tem crescido uma média de 200 mil por mês nos últimos meses. Com as restrições fiscais provavelmente diminuindo e os gastos das famílias aumentando, os sinais apontam para a criação de novos postos de trabalho.
De acordo com uma pesquisa do The Wall Street Journal , economistas expressaram otimismo semelhante, prevendo que, em média, os Estados Unidos devem adicionar cerca de 198.000 vagas de trabalho por mês em 2014, a estimativa mais elevada desde 2005.
No entanto, Mohit Mittal, o economista da gestora Pimco , alerta para um cenário incerto aos países emergentes em 2014. "Esperamos que 2014 seja um ano de incertezas adicionais. O crescimento econômico pode melhorar nos EUA, mas a redução dos estímulos do Fed pode reduzir a liquidez no mercado e ter também consequências negativas para países emergentes”, explicou o economista em seu mais recente relatório.
A Pimco não coloca o Brasil entre as economias onde mostra maior otimismo para 2014.
A gestora se prepara para reduzir sua exposição a dívidas corporativas de países emergentes em 2014, com o receio de que um excesso de novas emissões e a desaceleração na economia chinesa coloquem um ponto final na disparada desses papéis nos últimos 12 meses.