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Meirelles diz que é preciso reverter trajetória da dívida

O ex-presidente do Banco Central disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública, após reunião com Michel Temer

Ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles: “o país tem condições de honrar os seus compromissos" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2016 às 22h35.

Brasília - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles , nome mais cotado para comandar o Ministério da Fazenda num provável governo Temer, disse nesta segunda-feira que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.

“O país tem condições de honrar os seus compromissos. A questão toda é exatamente o custo, a questão toda é o que será necessário ser feito para que de um lado a trajetória de crescimento da dívida pública tenha sinais claros de reversão", disse Meirelles a jornalistas após reunião com o vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.

"E, em consequência, possa haver uma reversão do índice de confiança que leve a um aumento do investimento, e portanto a criação de emprego, e portanto o maior consumo, e portanto os bancos voltem a emprestar... isso é que o país espera e é isso que é necessário ser feito.” Em março, o setor público consolidado teve um déficit primário recorde para o mês, de 10,644 bilhões de reais, segundo dados divulgados pelo Banco Central na semana passada. A dívida líquida atingiu 38,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida bruta foi a 67,3 por cento do PIB.

Meirelles procurou desconversar sobre possíveis medidas em discussão, dizendo que o encontro tratou de avaliações e diagnósticos, uma vez que se aguarda a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Mas deu ênfase na importância das concessões para uma retomada do crescimento econômico e mencionou genericamente a necessidade de medidas microeconômicas.

"A questão fiscal é fundamental nesse processo, não há dúvida", declarou. "A questão das concessões visando viabilizar exatamente investimentos diretos em infraestrutura, que no primeiro momento cria demanda, cria emprego, e no segundo momento vai gerar uma diminuição do custo do país, além de uma série de medidas que visem a facilitar o funcionamento da economia e que hoje dificulta na área da microeconomia.” Perguntado sobre algum tipo de limitação dos gastos, Meirelles disse que "um controle legal, até constitucional, da trajetória de gastos é uma das alternativas interessantes que certamente serão contempladas".

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“O país tem condições de honrar os seus compromissos. A questão toda é exatamente o custo, a questão toda é o que será necessário ser feito para que de um lado a trajetória de crescimento da dívida pública tenha sinais claros de reversão", disse Meirelles a jornalistas após reunião com o vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.

"E, em consequência, possa haver uma reversão do índice de confiança que leve a um aumento do investimento, e portanto a criação de emprego, e portanto o maior consumo, e portanto os bancos voltem a emprestar... isso é que o país espera e é isso que é necessário ser feito.” Em março, o setor público consolidado teve um déficit primário recorde para o mês, de 10,644 bilhões de reais, segundo dados divulgados pelo Banco Central na semana passada. A dívida líquida atingiu 38,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida bruta foi a 67,3 por cento do PIB.

Meirelles procurou desconversar sobre possíveis medidas em discussão, dizendo que o encontro tratou de avaliações e diagnósticos, uma vez que se aguarda a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Mas deu ênfase na importância das concessões para uma retomada do crescimento econômico e mencionou genericamente a necessidade de medidas microeconômicas.

"A questão fiscal é fundamental nesse processo, não há dúvida", declarou. "A questão das concessões visando viabilizar exatamente investimentos diretos em infraestrutura, que no primeiro momento cria demanda, cria emprego, e no segundo momento vai gerar uma diminuição do custo do país, além de uma série de medidas que visem a facilitar o funcionamento da economia e que hoje dificulta na área da microeconomia.” Perguntado sobre algum tipo de limitação dos gastos, Meirelles disse que "um controle legal, até constitucional, da trajetória de gastos é uma das alternativas interessantes que certamente serão contempladas".

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