Economia

Mercado reduz PIB de 2012 para 1,85% e prevê Selic a 7,25%

Focus também reduziu a perspectiva para a Selic, prevendo agora que a taxa básica de juros terminará o ano em um valor menor do que 7,50%, previsto anteriormente

Tombini: informação do Focus é do Banco Central (José Cruz/Agência Brasil)

Tombini: informação do Focus é do Banco Central (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 09h29.

São Paulo - Na expectativa da divulgação da taxa oficial de inflação de julho nesta semana, o mercado voltou a elevar a projeção para o IPCA neste ano, e ainda reduziu as suas perspectivas para a Selic e para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no período.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, os analistas consultados elevaram pela quarta semana seguida suas contas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,98 para 5,00 por cento.

O movimento acompanhou uma série de indicadores mostrando aceleração nos preços recentemente. Para 2013, a expectativa no Focus para o IPCA foi mantida em 5,50 por cento.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na quarta-feira os dados de julho do IPCA.

Apesar da recente alta dos preços, analistas consideram que isso não deve atrapalhar os planos do governos em relação à política monetária para aquecer a economia, enquanto a perspectiva para o ano se mantiver em torno de 5 por cento.

Assim, após o oitavo corte seguido realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na Selic, para a mínima recorde de 8 por cento ao ano, o mercado reduziu sua estimativa para a taxa básica de juros, prevendo agora que ela terminará 2012 a 7,25 por cento, ante 7,50 por cento anteriormente.

A perspectiva no Focus é de que na reunião dos dias 28 e 29 de agosto o Copom realize um corte de 0,50 ponto percentual.

Para 2013, a previsão para a Selic foi mantida em 8,50 por cento.

Crescimento

Os analistas consultados no Focus também reduziram a projeção para o crescimento do PIB em 2012, estimado agora em 1,85 por cento, ante 1,9 por cento na semana passada. Para 2013, a estimativa foi reduzida para 4,00 por cento, ante 4,05 por cento anteriormente.

Diante da dificuldade da economia em avançar, o governo já cortou a previsão de expansão do PIB de 4,5 para 3 por cento, embora ainda seja melhor que a perspectiva do BC, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5 para 2,5 por cento.


Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira subiu 0,2 por cento em junho frente a maio, na primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas.

O resultado, entretanto, veio abaixo das expectativas do mercado, indicando que o setor ainda patinava depois de o governo adotar medidas de incentivo. O desempenho fraco da indústria tem sido apontado como o principal impecilho para a retomada da atividade econômica brasileira.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi elevada para 2,00 real por dólar, ante 1,96 real por dólar na semana anterior.

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