Estação do metrô de São Paulo: a última elevação do preço dos bilhetes do Metrô e da CPTM foi em 12 de fevereiro de 2012. (Flickr)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 14h43.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira que as tarifas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) pode não ser reajustada neste trimestre. Com isso, o aumento só deveria ocorrer a partir de abril. Historicamente, o preço desses meios de transporte cresce no mês de fevereiro.
Segundo Alckmin, o pedido para que as tarifas não subissem agora veio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria ligado para o governador. A intenção do governo federal com o adiamento do reajuste é reduzir os impactos da alta das tarifas na inflação. "Vamos avaliar a hipótese de não fazê-lo (o reajuste) no primeiro trimestre, para ajudar a segurar a inflação. Não tem ainda uma decisão tomada, mas vamos levar em consideração esse apelo do Ministério da Fazenda e vamos verificar para quando nós vamos transferir (a data)", disse Alckmin.
A última elevação do preço dos bilhetes do Metrô e da CPTM foi em 12 de fevereiro de 2012, quando o custo da viagem, que era de R$ 2,90, passou para R$ 3. Em 2011, o reajuste ocorreu no dia 13 de fevereiro. Mas, agora, Alckmin afirma que vai "fazer o possível" para não promover o aumento antes de abril.
Na cidade de São Paulo, o bilhete do ônibus, que atualmente custa R$ 3, será reajustado em 1º de junho, conforme adiantou o jornal O Estado de S. Paulo nesta semana. O último reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo foi feito em 5 de janeiro de 2011, portanto, há mais tempo do que o Metrô e os trens.
Em dezembro, o secretário de Transportes Metropolitanos de Alckmin, Jurandir Fernandes, sugeriu que o governo estadual e a Prefeitura elevassem os preços na mesma data. Questionado sobre se o bilhete do Metrô e da CPTM poderá subir no mesmo dia em que entra em vigor a nova tarifa do ônibus, Alckmin não confirmou. "As empresas têm responsabilidades, salários, investimentos, manutenção. Precisamos avaliar."
Tanto o governador Alckmin quanto o prefeito Fernando Haddad (PT) indicaram que os reajustes das tarifas não serão maiores do que a inflação. Nenhum deles sinalizou, no entanto, qual seria o novo preço dos bilhetes.