Mantega diz que 'perde um pouco o sono' com o câmbio
Brasil não vai deixar de subir os juros, se necessário, por causa do câmbio, para o ministro da Fazenda
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2011 às 14h48.
Paris - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou preocupação maior com o câmbio apreciado do que com a alta dos preços no Brasil. Ele disse que não está perdendo o sono com a inflação, pois a considera "sob controle". Mas afirmou que "está perdendo um pouco o sono" com a valorização do real, pelo efeito negativo sobre o setor manufatureiro. O ministro voltou a afirmar que está "sempre avaliando medidas" para conter o câmbio, mas não quis detalhar o tema. "Não posso dizer, é surpresa".
Conforme o ministro, o Brasil não vai deixar de subir os juros, se necessário, por causa do câmbio. "A inflação é uma preocupação permanente, é uma questão de honra, não vamos deixar subir". Entretanto, ele insistiu que todos os índices de preços estão caindo. Mantega também voltou a dizer que a economia brasileira não está superaquecida. O problema, segundo ele, é que as economias avançadas estão "subaquecidas".
Mantega acredita que o Brasil está criando condições para a redução das taxas de juros no futuro. "Não se faz isso com a inflação em alta, mas estamos nos preparando", afirmou hoje durante o 2º Brazil Business Summit, organizado pela revista The Economist, em Paris. Segundo ele, as despesas com juros representam 5% do PIB, o que é incomum e bem acima dos demais países. "Sem despesas de juros, teríamos superávit nominal", disse. Ele afirmou que o Brasil deve fechar 2011 com déficit nominal abaixo de 2%.
Reformas
O ministro da Fazenda afirmou que há dois pontos na mira do governo: a reforma do ICMS e a desoneração da folha de pagamento. Mas, ele não deu prazos para as iniciativas. O objetivo é melhorar a produtividade brasileira. Segundo o ministro, o governo está olhando especificamente para a contribuição patronal, de 20%, considerada elevada.
Entretanto, Mantega não garantiu que essas medidas estariam prontas até o final do mês, quando será anunciada a nova política industrial do governo. Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou que o plano trará desonerações para a inovação e os insumos. "Não está nada fechado", disse Mantega. "Não dá para estabelecer data para o ICMS e a folha de pagamento."
Paris - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou preocupação maior com o câmbio apreciado do que com a alta dos preços no Brasil. Ele disse que não está perdendo o sono com a inflação, pois a considera "sob controle". Mas afirmou que "está perdendo um pouco o sono" com a valorização do real, pelo efeito negativo sobre o setor manufatureiro. O ministro voltou a afirmar que está "sempre avaliando medidas" para conter o câmbio, mas não quis detalhar o tema. "Não posso dizer, é surpresa".
Conforme o ministro, o Brasil não vai deixar de subir os juros, se necessário, por causa do câmbio. "A inflação é uma preocupação permanente, é uma questão de honra, não vamos deixar subir". Entretanto, ele insistiu que todos os índices de preços estão caindo. Mantega também voltou a dizer que a economia brasileira não está superaquecida. O problema, segundo ele, é que as economias avançadas estão "subaquecidas".
Mantega acredita que o Brasil está criando condições para a redução das taxas de juros no futuro. "Não se faz isso com a inflação em alta, mas estamos nos preparando", afirmou hoje durante o 2º Brazil Business Summit, organizado pela revista The Economist, em Paris. Segundo ele, as despesas com juros representam 5% do PIB, o que é incomum e bem acima dos demais países. "Sem despesas de juros, teríamos superávit nominal", disse. Ele afirmou que o Brasil deve fechar 2011 com déficit nominal abaixo de 2%.
Reformas
O ministro da Fazenda afirmou que há dois pontos na mira do governo: a reforma do ICMS e a desoneração da folha de pagamento. Mas, ele não deu prazos para as iniciativas. O objetivo é melhorar a produtividade brasileira. Segundo o ministro, o governo está olhando especificamente para a contribuição patronal, de 20%, considerada elevada.
Entretanto, Mantega não garantiu que essas medidas estariam prontas até o final do mês, quando será anunciada a nova política industrial do governo. Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou que o plano trará desonerações para a inovação e os insumos. "Não está nada fechado", disse Mantega. "Não dá para estabelecer data para o ICMS e a folha de pagamento."