Economia

Mantega defende redução de crédito

Ministro da Fazenda disse que governo tomou medidas para diminuir a demanda e o crédito para as pessoas físicas

A reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Roberto Stuckert Filho/PR)

A reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 13h58.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (26) a redução da demanda e do crédito para as pessoas físicas como forma de equilibrar o crescimento da economia em patamares perto de 5% nos próximos anos. “É derrubar sem matar a galinha dos ovos de ouro”, disse.

Segundo o ministro, as medidas que o governo tem adotado, como redução do crédito e corte dos gastos, vem produzindo os efeitos esperado. Ele salientou, que, no ano passado, a demanda interna chegou a atingir 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e agora essa relação está em 4,5%. “É importante reduzir o crédito, pois [ele] vinha crescendo em ritmo elevado. Tivemos que reduzir para baixo, para algo como 6%”, disse.

O ministro afirmou ainda que o ajuste do governo vem fazendo na economia, com um freio no consumo e o corte de R$ 50 bilhões nos gastos, visa a manter o ritmo dos investimentos na economia brasileira. “Estamos calibrando de modo a reduzir o consumo e manter o crescimento, com investimento elevado”.

Dados apresentados por ele mostram que os investimentos em 2010 chegaram a 21,9% do PIB, e em 2011 devem ficar em 10,4%, segundo estimativa do Ministério da Fazenda. Por outro lado, o consumo das famílias, que em 2010 chegou a 7% do PIB, em 2011 está estimado em 5,6%.

Os cálculos foram realizados levando em consideração o crescimento da economia de 7,5% no ano passado e a expansão estimada em 4,5% em 2011.

Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai continuar em expansão. “Com medidas como essas, teremos o PIB sustentável ao longo dos anos, em torno de 5%. Trabalhamos com uma expectativa de longo prazo, mas temos que fazer ajustes”, disse. O ministro disse ainda que a tendência é que o nível de emprego continue crescendo, mesmo em patamares menores.

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