Economia

Mantega: corte será de R$ 10 bi no Orçamento da União

O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, é conter conter o aquecimento da demanda na economia brasileira

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou corte nas despesas de custeio do Orçamento da União neste ano.  (.)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou corte nas despesas de custeio do Orçamento da União neste ano. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou hoje que o governo fará um corte em torno de R$ 10 bilhões nas despesas de custeio do Orçamento da União deste ano. Segundo ele, os ministérios vão ter que fazer esse "sacrifício" para conter o aquecimento da demanda na economia. De acordo com o ministro, a demanda da economia, que é formada pelo setor público e privado, está acima do normal. A maneira mais rápida de agir, segundo ele é cortando a demanda pública por meio de um contingenciamento nos gastos de custeio, que ele comparou a "um corte na veia".

Segundo Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já concordou com a medida, que será o segundo corte no Orçamento de 2010. O primeiro corte foi de R$ 21,8 bilhões. "Esse (novo corte) será um complemento", disse Mantega, na portaria do Ministério da Fazenda. O ministro disse que o corte nos gastos é mais vantajoso do que um aumento de juros, porque o efeito é mais rápido. Segundo ele, os investimentos e programas sociais serão preservados. "Para a economia é um bom sinal", disse.

Mantega declarou que o governo não deixará que o crescimento da economia em 2010 seja maior do que 7%. Segundo ele o governo tem instrumentos, entre eles o aumento dos juros, para manter o crescimento equilibrado. O ministro disse que o primeiro trimestre será aquecido, mas depois haverá uma desaceleração do crescimento. "Depois será menos aquecido", afirmou Mantega. Ele disse que o governo tem que "ir observando para, não fazer bobagem". Mantega destacou que o governo não pode deixar a economia crescer "demais ou de menos". E disse que não acredita que o crescimento será de 7,5% ou 8%, como preveem analistas.

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