Economia

Mantega cobra maior poder a emergentes do FMI

A paralisação das mudanças compromete a legitimidade e a eficiência da instituição, destaca texto assinado pelo ministro da Fazenda


	Mantega: "O realinhamento das cotas é a peça central da reforma do FMI", diz declaração
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mantega: "O realinhamento das cotas é a peça central da reforma do FMI", diz declaração (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 17h57.

Washington - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assina uma declaração que o Brasil apresenta na reunião deste sábado, 11, do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão que dá as diretrizes políticas para o Fundo Monetário Internacional (FMI), cobrou avanço na reforma do FMI que vai dar mais poder de voto aos países emergentes e aumentar a capacidade de empréstimo da instituição.

A paralisação das mudanças compromete a legitimidade e a eficiência da instituição, destaca o texto.

Mantega fala na declaração que a reforma, acordada em 2010, emperrou no Congresso dos Estados Unidos.

O ministro destaca ainda o que foi acertado na reunião de abril do FMI: se a reforma não for aprovada até o final deste ano no Congresso, opções alternativas seriam estudadas para os próximos passos da reforma.

Mantega diz que "confia completamente nas declarações da diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e espera que estes estudos já estejam sendo feitos".

"O realinhamento das cotas é a peça central da reforma do FMI", diz a declaração.

Nesta sexta-feira, 10, o ministro das Finanças da Austrália e presidente do G-20, Joe Hockey, também destacou em uma entrevista à imprensa que o Congresso dos EUA está dificultando "muito a reforma do FMI".

Para o dirigente, a reforma daria mais "voz na mesa" para todos, mas fatores domésticos dos EUA, como a questão orçamentária, têm impedido a aprovação por deputados e senadores norte-americanos.

Já Lagarde falou ontem que a reforma do FMI é uma "necessidade absoluta", mas está atrasada.

"Nós esperamos muito que os diferentes poderes dos EUA compreendam a relevância de ter um FMI que seja representativo da economia global e inclua aqueles que devem ter assento à mesa."

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