Economia

Maduro adia conversão monetária e diz que cortará cinco zeros do bolívar

Presidente indicou que a nova moeda, mais adaptada à hiperinflação enfrentada no país, será lastreada pelo petro, a criptomoeda criada pelo governo

Maduro afirmou que as medidas serão explicadas ao longo desta semana (Marco Bello/Reuters)

Maduro afirmou que as medidas serão explicadas ao longo desta semana (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de julho de 2018 às 22h46.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 22h51.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (25) que vai adiar o processo de conversão monetária do país, previsto para começar no próximo dia 4 de agosto, e revelou que cortará cinco zeros das notas de bolívar, e não três como tinha determinado inicialmente.

"Anúncio que a conversão monetária vai começar no próximo dia 20 de agosto de maneira definitiva e a redução de cinco zeros da moeda venezuelana", disse Maduro em rede nacional de rádio e televisão.

O presidente venezuelano indicou que a nova moeda, mais adaptada à hiperinflação enfrentada no país, será lastreada pelo petro, a criptomoeda criada pelo governo. Sem dar muitos detalhes, Maduro afirmou que as medidas serão explicadas ao longo desta semana.

"Um novo sistema monetário para estabilizar e mudar a vida monetária e financeira do país de maneira radical", prometeu.

Maduro afirmou que as novas cédulas entrarão em circulação no dia 20 de agosto. Segundo ele, o governo já está com essas cédulas, uma declaração direcionada à oposição, que diz que o novo dinheiro venezuelano ainda não chegou ao país.

"A moeda vai ter uma base de câmbio e outra no petro, cujo preço é determinado de acordo com o valor da cesta petrolífera venezuelana", continuou Maduro, sem dar mais detalhes.

A nova moeda venezuelana começou a ser chamada de "bolívar soberano" desde o último dia 1º de maio para diferenciá-la das cédulas em circulação no país. Esta é a segunda conversão monetária feita pelo regime chavista em dez anos.

O valor das cédulas atuais é insuficiente a quase um ano, quando a inflação superou 2.600%. Neste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) calcula que a taxa será de 1.000.000% no país.

O governo da Venezuela afirma que as cédulas estão sendo retiradas da economia por máfias dedicadas à falsificação. A oposição acusa o governo de gerir mal a economia.

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