Exame Logo

Previdência tem impacto no resultado de setembro, diz Maciel

No ano, os gastos previdenciários somam R$ 47,664 bilhões, o equivalente a 1,26% do PIB.

Tulio Maciel: "Há concentrações de despesas no fim do ano, como 13º salário" (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 14h28.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, disse nesta sexta-feira, 31, que os gastos com previdência impactaram o resultado fiscal de setembro.

Em agosto, elas somaram R$ 5,861 bilhões e saltaram para R$ 13,642 bilhões em setembro.

"Há concentrações de despesas no fim do ano, como 13º salário", explicou.

Em setembro do ano passado, o resultado também havia sido elevado, déficit de R$ 11,763 bilhões.

No ano, os gastos previdenciários somam R$ 47,664 bilhões, o equivalente a 1,26% do PIB.

Superávit em 12 meses

De acordo com Maciel, o superávit acumulado em 12 meses, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), ficou em 0,16%, o menor desde janeiro de 2000.

Para ele, o menor crescimento da atividade econômica tem impacto significativo. Ele argumentou que a arrecadação dos estados caiu e afetou o desempenho fiscal.

O ICMS, que é a principal fonte de arrecadação dos regionais, mostra queda de 0,6% de janeiro a agosto (último dado disponível).

Cálculo estrutural

Maciel disse ainda, que, considerando os parâmetros atuais para o resultado primário de 2015, o cálculo estrutural utilizado pela instituição convergeria para a neutralidade ao final do ano que vem.

O cálculo do BC leva em consideração o impulso fiscal de um ano para o outro.

Apesar de haver expectativa de que esse impulso será maior em 2015, depois do desempenho negativo deste ano visto até agora, o técnico salientou que outras variáveis também compõem essa equação, como o PIB Potencial, as receitas correntes e as receitas não recorrentes.

"Não se trata apenas do resultado efetivo", resumiu.

Momentos antes, Maciel, lembrou que o BC tem usado o cálculo estrutural para fazer sua análise de política fiscal.

"As perspectivas do início do ano eram de que alcançássemos o fiscal neutro (em 2014)", disse.

Ele salientou que o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, sinalizou ao final de setembro, quando divulgou o Relatório Trimestral de Inflação, que esse instrumento de avaliação poderia reverter para "expansionista". "O resultado de hoje vem nesse sentido", disse.

Veja também

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, disse nesta sexta-feira, 31, que os gastos com previdência impactaram o resultado fiscal de setembro.

Em agosto, elas somaram R$ 5,861 bilhões e saltaram para R$ 13,642 bilhões em setembro.

"Há concentrações de despesas no fim do ano, como 13º salário", explicou.

Em setembro do ano passado, o resultado também havia sido elevado, déficit de R$ 11,763 bilhões.

No ano, os gastos previdenciários somam R$ 47,664 bilhões, o equivalente a 1,26% do PIB.

Superávit em 12 meses

De acordo com Maciel, o superávit acumulado em 12 meses, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), ficou em 0,16%, o menor desde janeiro de 2000.

Para ele, o menor crescimento da atividade econômica tem impacto significativo. Ele argumentou que a arrecadação dos estados caiu e afetou o desempenho fiscal.

O ICMS, que é a principal fonte de arrecadação dos regionais, mostra queda de 0,6% de janeiro a agosto (último dado disponível).

Cálculo estrutural

Maciel disse ainda, que, considerando os parâmetros atuais para o resultado primário de 2015, o cálculo estrutural utilizado pela instituição convergeria para a neutralidade ao final do ano que vem.

O cálculo do BC leva em consideração o impulso fiscal de um ano para o outro.

Apesar de haver expectativa de que esse impulso será maior em 2015, depois do desempenho negativo deste ano visto até agora, o técnico salientou que outras variáveis também compõem essa equação, como o PIB Potencial, as receitas correntes e as receitas não recorrentes.

"Não se trata apenas do resultado efetivo", resumiu.

Momentos antes, Maciel, lembrou que o BC tem usado o cálculo estrutural para fazer sua análise de política fiscal.

"As perspectivas do início do ano eram de que alcançássemos o fiscal neutro (em 2014)", disse.

Ele salientou que o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, sinalizou ao final de setembro, quando divulgou o Relatório Trimestral de Inflação, que esse instrumento de avaliação poderia reverter para "expansionista". "O resultado de hoje vem nesse sentido", disse.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralGovernoMercado financeiroOrçamento federalPrevidência Social

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame