Economia

Lupi comemora aumento de IPI para veículos

Na opinião de Lupi, a melhor forma de se evitar o contágio da crise internacional no Brasil é por meio da proteção ao mercado interno

O setor extrativo mineral merece destaque com um saldo de 2.043 postos de trabalho, segundo dados divulgados por Carlos Lupi, do Ministério do Trabalho (Marcello Casal Jr/ABr)

O setor extrativo mineral merece destaque com um saldo de 2.043 postos de trabalho, segundo dados divulgados por Carlos Lupi, do Ministério do Trabalho (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2011 às 16h14.

São Paulo - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, comemorou a decisão do governo de adotar medidas para proteger a indústria nacional de produção de automóveis. "A decisão foi acertada, pois está privilegiando emprego e renda no Brasil", avaliou o ministro, segundo informou sua assessoria. Na opinião de Lupi, a melhor forma de se evitar o contágio da crise internacional no Brasil é por meio da proteção ao mercado interno.

Ontem à noite, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que aumentará a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos porcentuais. Assim, o imposto que incidia sobre a produção de um veículo, de 7%, por exemplo, passará a ser de 37%. Para fugir do aumento da taxa, as montadoras terão de investir em pesquisa e desenvolvimento, ter 65% da produção com conteúdo nacional e ainda atender a seis itens de uma lista de 11 fornecida pelo Ministério da Fazenda. Na prática, a medida pega em cheio os carros importados da Ásia, já que o Brasil tem acordos com os países do Mercosul e o México.

Para garantir o quadro de trabalhadores nas montadoras nacionais Lupi já havia defendido, na quarta-feira, o aumento do Imposto de Importação para veículos estrangeiros. "Como tivemos um crescimento das importações muito grande, tem que subir o imposto e, se for o caso, baixar o IPI", argumentou, na ocasião. "O governo tem que analisar com carinho a redução de IPI, pois não temos capacidade de concorrer em condições iguais com o mercado internacional", continuou.

O ministro fez essa defesa com base no que chamou de dois indícios claros de que o setor está passando por uma fase complicada: o aumento da compra de carros importados e a diminuição da contratação no setor, além dos anúncios de férias coletivas que as montadoras têm feito. "São dois sinais de alerta."

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