Licença prévia para linhão de Belo Monte deve sair em fevereiro
Expectativa é de que o Ibama termine a análise por volta do dia 17 de fevereiro e conceda a licença cerca de uma semana depois
Reuters
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 12h25.
Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve conceder na segunda metade de fevereiro a licença ambiental prévia para uma segunda linha de transmissão, a cargo apenas da chinesa State Grid, para escoar a energia da hidrelétrica de Belo Monte , disseram à Reuters duas fontes do governo nesta terça-feira.
A expectativa é de que o Ibama termine a análise por volta do dia 17 de fevereiro e conceda a licença cerca de uma semana depois, segundo as duas fontes, que pediram anonimato por não terem autorização para falar publicamente.
A licença prévia não dá autorização para construção da linha, mas atesta que o projeto é viável. Uma segunda autorização, a licença de instalação, é necessária, e sua emissão pode levar meses.
No início do mês, a Reuters já havia antecipado que a demora do processo de licenciamento da linha, de cerca de 2,5 mil quilômetros, começa a preocupar a State Grid.
A previsão original da empresa era que a licença prévia saísse em outubro de 2016 e a de instalação, que efetivamente libera o início da obra, ficasse pronta em fevereiro.
Embora ainda haja uma chance pequena de que a licença seja negada, o processo corre normalmente no Ibama, segundo as fontes.
A State Grid, juntamente com Furnas e Eletronorte, ambas do sistema Eletrobras, já está construindo uma outra linha para transmitir a energia da usina de Belo Monte.
A hidrelétrica, que está sendo construída no rio Xingu, terá capacidade total de 11,2 mil megawatts (MW) e será uma das maiores do mundo quando concluída.
A segunda linha de transmissão deve estar pronta em dezembro de 2019 para que sua operação case com o ritmo das obras da própria usina. Se isso não ocorrer, há o risco de parte de a energia de Belo não ter como ser escoada para os grandes centros de consumo.
O segundo linhão deve demandar investimentos totais de cerca de 7 bilhões de reais.