Economia

Justiça suspende cobrança extra no fundo de pensão da Caixa

Liminar da Justiça Federal suspendeu a cobrança extraordinária de 2,8%, que serviriam para reequilibrar o fundo após desvios


	Caixa: juíza afirmou que rombo pode ser fruto de gestão fraudulenta e que, portanto, é preciso aguardar o fim das investigações
 (.)

Caixa: juíza afirmou que rombo pode ser fruto de gestão fraudulenta e que, portanto, é preciso aguardar o fim das investigações (.)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 10h09.

São Paulo - A Associação Nacional Independente dos Participantes e Assistidos do fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) obteve nesta terça-feira, 14, uma liminar na Justiça federal de Brasília para suspender a cobrança extraordinária de 2,8% que estava sendo feita para reequilibrar o fundo.

A decisão beneficia 3,5 mil aposentados e beneficiários da fundação.

A juíza Solange Salgado disse em sua decisão que há indícios de que o resultado deficitário pode ter sido causado por irregularidades ou gestão fraudulenta.

Dessa forma, determinou a suspensão da cobrança até que sejam apuradas as possíveis irregularidades.

A juíza cita ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os fundos de pensão e que concluiu que existe uma metodologia para fraudar as operações dos fundos de pensão.

"Ademais, apurou-se que o prejuízo dos fundos investigados gira em torno de R$ 6,62 bilhões e que o aparelhamento dos fundos tenha afetado 500 mil aposentados (...) Nesse viés, ainda que não se possa presumir a má-fé ou tampouco se emitir qualquer juízo de valor sobre o ocorrido, tais fatos - públicos - não podem ser desconsiderados", escreveu a juíza.

Os beneficiários da Funcef estão pagando a contribuição extra, ou tendo descontado o porcentual de seus vencimentos no caso dos aposentados, desde o dia 1º de maio para tentar cobrir um déficit de R$ 2,2 bilhões registrado em 2014.

O pagamento para cobrir o rombo está sendo dividido entre os beneficiários e a Caixa Econômica. Em 2015, o déficit acumulado deve chegar a R$ 8 bilhões.

As contas prévias feitas por associações de funcionários dão conta de que um novo equacionamento amplie o porcentual de 2,8% em mais 9% a 10% a ser cobrado a partir do próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasBancosCaixaEmpresasFundos de investimentoFundos de pensão

Mais de Economia

Recuperação econômica impulsiona índice de confiança em Xangai no último trimestre

Pequim define meta ambiciosa de crescimento econômico com prioridade na qualidade de vida

Cidade de SP abriu 674 mil novas empresas entre 2021 e 2024 — e atraiu 69 mil, diz Nunes

Reforma Tributária será sancionada com vetos em cerimônia no Planalto nesta quinta