Economia: no fim da sessão regular a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 (230.480 contratos) estava em 7,28%. (Marcos Santos/usp imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros tiveram mais um dia de ganhos consistentes, nesta véspera de divulgação da ata da última reunião do Copom. À espera de um documento com avaliações mais duras sobre a inflação, os investidores reforçaram as apostas de que o Banco Central elevará a Selic em abril. À tarde, rumores de que a agência Standard & Poor's (S&P) poderia rebaixar a perspectiva de rating do Brasil circularam pelas mesas de operações, o que fez o dólar subir ante o real e as taxas dos DIs renovarem máximas.
No fim da sessão regular a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 (230.480 contratos) estava em 7,28%, ante 7,29% da máxima desta quarta-feira e 7,26% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 (502.215 contratos) marcava 7,96%, na máxima, ante 7,91% da véspera, enquanto o vencimento para janeiro de 2015 (521.325 contratos) tinha taxa de 8,70%, ante 8,74% da máxima do dia e 8,62% do ajuste. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (230.760 contratos) marcava 9,40%, ante 9,44% da máxima e 9,30% do ajuste, e o DI para janeiro de 2021 (13.540 contratos) tinha taxa de 9,86%, ante 9,92% da máxima e 9,78% do ajuste.
À tarde, rumores de que a agência S&P poderia rebaixar a perspectiva de rating do Brasil fizeram o dólar subir ante o real, sendo que a moeda americana chegou a atingir R$ 1,980. Os juros também marcaram as máximas do dia em vários vencimentos. "Uma piora do rating brasileiro tende a trazer pressão para o dólar e para a inflação. Isso também pode reduzir o fluxo de capitais para o País. Assim, o Banco Central seria forçado a subir os juros para conter a inflação e evitar uma fuga de capitais", comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil. "O boato de reclassificação do Brasil provocou a alta do dólar e por isso os juros também esticaram", acrescentou um operador da área de renda variável.
Em meios aos rumores, o diretor da Standard & Poor's responsável pelo rating do Brasil, Sebastian Briozzo, afirmou que não havia nenhuma alteração do rating e da perspectiva de classificação de risco do Brasil, anunciados em dezembro. "Não há mudança. Estamos confortáveis com o rating do País, que é BBB, e a perspectiva estável", apontou.