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J.P. Morgan passa a ver queda de 5% no PIB do Brasil no 1º trimestre

Mesmo que a revisão reflita efeito estatístico, a instituição ressalvou que já vinha incorporando nas contas o fim do auxílio emergencial e a alta "significativa" nos casos e mortes relacionados à covid-19

Brasil ficou em 7º lugar em lista de complexidade para fazer negócios (FG Trade/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 18h52.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 19h14.

O J.P. Morgan rebaixou nesta terça-feira sua previsão para o desempenho da economia brasileira neste primeiro trimestre, citando base de comparação mais alta nos últimos três meses de 2020, quando nas contas do banco a atividade surpreendeu para cima.

O J.P. Morgan estima agora que o produto interno bruto (PIB) retrairá 5% entre janeiro e março frente ao intervalo de outubro a dezembro, com ajuste sazonal. O prognóstico anterior era de queda de 2%.

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Mesmo que a revisão reflita efeito estatístico, a instituição ressalvou que já vinha incorporando nas contas do PIB o fim do auxílio emergencial e, sobretudo, a alta "significativa" nos casos e mortes relacionados à covid-19 desde novembro.

"De fato, embora o setor industrial pareça seguir sólido no curto prazo, a queda contínua na confiança do consumidor reforça a tese de um crescimento negativo do PIB no primeiro trimestre", disseram Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira em nota.

Para o último trimestre de 2020, a nova expectativa é que a atividade tenha saltado 10% sobre o período imediatamente anterior, frente a crescimento antes estimado em 4%.

As revisões se deram após os dados mais fortes que o esperado da produção industrial brasileira.

"Esta previsão [ do quarto trimestre de 2020 ] considera que o setor de serviços e as vendas no varejo vão contrair em dezembro, conforme sugerido por dados recentes. Com essa mudança, atualizamos nossa estimativa para o PIB 2020 de -4,6% para -4,3%", disseram os profissionais do J.P. Morgan.

Enquanto a estimativa para o PIB de 2020 foi melhorada, a para 2021 foi mantida em expansão de 2,6%, bem abaixo da taxa de 3,5% da mais recente pesquisa Focus do Banco Central.

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