Economia

Jackson Hole: bancos centrais precisam agir com força, diz integrante do BCE

Segundo Isabel Schnabel, há motivos válidos para acreditar que os formuladores de políticas dos BCs se encontrarão em um ambiente menos favorável no médio prazo

Sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de agosto de 2022 às 15h22.

Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel afirmou neste sábado (27) que os bancos centrais precisam agir "com força" para combater a inflação. Segundo ela, há motivos válidos para acreditar que os formuladores de políticas dos BCs se encontrarão em um ambiente menos favorável no médio prazo, já que os choques econômicos são potencialmente maiores, mais persistentes e mais frequentes.

"Tanto a probabilidade quanto o custo da inflação alta atual se arraigar nas expectativas são desconfortavelmente altos", afirmou, durante discurso no Simpósio de Jackson Hole. Para a banqueira central, a pandemia e a guerra aumentarão a instabilidade nos próximos anos.

"Pela primeira vez em quatro décadas, os bancos centrais precisam provar o quanto estão determinados a proteger a estabilidade de preços. A pandemia e a guerra estão suprimindo consistentemente o nível de oferta agregada em um momento de forte demanda reprimida, levando a fortes pressões de preços em uma grande variedade de bens e serviços", completou.

Com relação à crise energética na Europa, Schnabel comentou que a escassez de energia de combustíveis fósseis, especialmente na Europa, exigirá ajustes na produção e consumo. "A transição verde e a guerra na Ucrânia tornarão a energia fóssil cada vez mais escassa e cara em um momento em que as fontes de energia renovável ainda não são suficientemente escaláveis. Nos próximos meses, a escassez aguda, em particular na Europa, pode exigir ajustes dolorosos na produção e no consumo", argumentou.

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