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Parada da Selic pode não ser tão longa, diz J.Safra

Segundo economista-chefe do banco, haverá algum acréscimo de prêmios no juro futuro para janeiro de 2015

Copom: BC manteve em 11% a taxa básica do juros (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 22h31.

São Paulo - A longa reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ) junto com o uso do termo "neste momento" significa que a pausa na alta da Selic, que foi mantida em 11% na reunião desta quarta-feira, 28, pode não ser tão longa, na avaliação do economista-chefe do Banco J.Safra , Carlos Kawall.

Para ele, diante deste quadro, haverá algum acréscimo de prêmios no juro futuro para janeiro de 2015, diante da possibilidade de o aperto ser retomado antes do que o mercado esperava.

"A grande novidade foi a manutenção do termo 'neste momento'. Se fosse uma decisão convicta, de que a dose do aperto monetário já era suficiente para colocar a inflação em uma trajetória benigna, o Copom daria sinalização de uma parada mais longa", afirmou Kawall.

"O comunicado abre duas possibilidades: uma delas é a de que, diante da atividade fraca, o viés do juro pode ser para baixo. A segunda hipótese é a de que a inflação atual, o risco de não cumprir a meta e o cenário para 2015 não permitem uma parada mais longa, com possibilidade de aperto adiante", pontuou.

"Eu fico com a segunda opção. Não me parece que o viés do próximo ciclo de ajuste da Selic seja de baixa. Se pegarmos o Relatório Trimestral de Inflação de março, com a projeção de inflação acima de 6%, e somarmos a frustração com os preços no primeiro trimestre, podemos reconhecer um IPCA perto do teto da meta, com chances de estouro", finalizou.

Por fim, Kawall acredita que o "neste momento" veio também para corrigir alguns exageros de baixa, com alguns agentes começando a apostar que o próximo ciclo da Selic seria de queda.

Para ele, foi um jeito sutil de corrigir essas apostas.

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Para ele, diante deste quadro, haverá algum acréscimo de prêmios no juro futuro para janeiro de 2015, diante da possibilidade de o aperto ser retomado antes do que o mercado esperava.

"A grande novidade foi a manutenção do termo 'neste momento'. Se fosse uma decisão convicta, de que a dose do aperto monetário já era suficiente para colocar a inflação em uma trajetória benigna, o Copom daria sinalização de uma parada mais longa", afirmou Kawall.

"O comunicado abre duas possibilidades: uma delas é a de que, diante da atividade fraca, o viés do juro pode ser para baixo. A segunda hipótese é a de que a inflação atual, o risco de não cumprir a meta e o cenário para 2015 não permitem uma parada mais longa, com possibilidade de aperto adiante", pontuou.

"Eu fico com a segunda opção. Não me parece que o viés do próximo ciclo de ajuste da Selic seja de baixa. Se pegarmos o Relatório Trimestral de Inflação de março, com a projeção de inflação acima de 6%, e somarmos a frustração com os preços no primeiro trimestre, podemos reconhecer um IPCA perto do teto da meta, com chances de estouro", finalizou.

Por fim, Kawall acredita que o "neste momento" veio também para corrigir alguns exageros de baixa, com alguns agentes começando a apostar que o próximo ciclo da Selic seria de queda.

Para ele, foi um jeito sutil de corrigir essas apostas.

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